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Enviada em: 03/03/2018

Esta conexão não é segura       Não há dúvidas que a internet revolucionou os meios de comunicação, reduzindo a distância e o tempo. Entretanto, acompanhando as inovações estão os crimes virtuais, a pedofilia sendo um dos mais covardes e hediondos. Por meio de jogos online e redes sociais, crianças interagem com pessoas de todos os lugares, essas, por muitas vezes, escondendo segundas intenções. Entender os fatores que trazem à tona tal atrocidade é necessário para que soluções sejam não só elaboradas, mas também materializadas.       Em uma primeira análise, é importante analisar que cada vez mais cedo as crianças estão tendo acesso à internet. Os brinquedos que estão em alta já não são mais bonecas e carrinhos, mas sim tablets e smartphones. Somando-se à falta de supervisão dos responsáveis, o resultado é o aumento de 50% em um ano de casos de pedofilia virtual só no Rio de Janeiro, de acordo com a delegacia responsável pelos crimes de informática.       Além desse primeiro aspecto social, é preciso destacar a ausência de uma legislação específica voltada para os casos de abuso cibernético. Por consequência, torna-se difícil chegar até os criminosos e penalizá-los, gerando um sentimento de impunidade. Nesse viés, segundo o sociólogo Durkheim, a punição se faz necessária, pois ela funciona como uma reguladora da sociedade, mostrando que acima dos indivíduos existe a norma.       Em síntese, tornar prioridade a discussão sobre o abuso infantil na internet é imprescindível. O Estado, por meio do Poder Legislativo, deve criar leis unicamente voltadas para esse tipo de crime, permitindo que a polícia tenha acesso às informações como de provedor, perfil do suspeito e conversas. Além disso, os infratores devem cumprir pena de reclusão. Desenhos animados e programas infantis poderiam tratar do assunto, já que os afetados são seu público-alvo. No mais, cabe aos pais ou responsáveis orientar as crianças sobre os perigos por trás da tela e terem um maior controle do uso dessas tecnologias.