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Enviada em: 15/03/2018

No filme "Confiar"-EUA,2010-, Annie, uma menina de 14 anos, é abusada sexualmente por Charlie, um homem com mais de 35 anos que se passa por adolescente em redes sociais. Na produção cinematográfica, o pedófilo fica impune e a garota entra em depressão por pensar ter feito algo errado. De maneira análoga, a maioria das vítimas desse crime não sabem como agir e muito menos percebem tal atrocidade cometida por seus "namorados". Nesse viés, a pedofilia ganha espaço na internet e se torna um problema cada vez maior. Esse problema de ordem social é oriundo da falta de valores como ética e moral, bem como da ausência de vigilância dos pais.  É valido ressaltar, a priori, à luz de Zygmunt Bauman-sociólogo polonês-que a sociedade contemporânea presencia a "modernidade líquida", caracterizada pela falta de solidez nas relações sociais. Partindo desse pressuposto, a ausência de valores interferi na dinâmica social mudando os conceitos de certo e errado. Desse modo, os pedófilos não vêem a pedofilia como um crime, mas como uma forma de demonstrar amor para com as crianças. Tal fato é corroborado, a saber que cerca de 40% desses criminosos-segundo pesquisas da 4º Delegacia de Repressão à Pedofilia do DHPP- possuem algum grau de parentesco com as vítimas. Nesses termos, faz-se necessário uma mudança na sociedade para combater, de forma eficiente, a pedofilia.  Outrossim, conforme postula Immanuel Kat [filósofo prussiano], o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Nesse sentido, fica evidente que a participação dos pais na formação de seus filhos é indispensável para torna-los cidadãos conscientes e aptos para lidar com as adversidades. Indo de encontro a tal premissa, a cultura do "time is money" (tempo é dinheiro) tem afastado muitos pais de casa, fazendo com que as crianças passem mais tempo sozinhas e na internet. Por conseguinte, essas meninas e meninos entram cada vez mais cedo em redes sociais abertas para milhões de pessoas e se tornam alvos fáceis de pedófilos. Dessa forma, é imprescindível que os pais sejam vigilantes e estejam presentes na vida de seus filhos.   Por tudo isso, a pedofilia na internet precisa ser analisada a partir da ausência de valores e de vigilância dos pais. Por isso, o Governo Federal em uníssono com o Ministério da Educação devem fomentar medidas que visem tratar os pedófilos, e acabar com a pedofilia, por meio da inserção da matéria ética e moral na grade comum curricular, da obrigatoriedade da presença de um psicologo nas salas de aula infantis e da criação de um órgão que fiscalize mais rigorosamente as informações publicadas nas redes sociais. Ademais, cabe aos pais uma maior vigilância em relação aos filhos nas redes sociais. Portanto, somente assim o Brasil e as crianças tornar-se-ão livres da pedofilia.