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Enviada em: 19/03/2018

Com o constante avanço tecnológico, crianças estão conectadas cada vez mais cedo na internet e estão tendo suas privacidades expostas na mesma proporção. O acesso prematuro permite que pedófilos tenham mais chances de contato e de praticar abusos, o que mostra que há um perigo constante caso não haja controle e orientação por parte dos pais ou responsáveis das crianças. Fatores como o machismo, inocência e o tabu da sexualidade também dificultam a prevenção e a identificação dos abusos, e devem ser questionados e combatidos. Pais e responsáveis costumam evitar entrar em minúcias que abarcam a sexualidade prematuramente com seus filhos, fazendo com que pedófilos consigam atrair as vítimas pelas redes e praticar abusos sem muita dificuldade, o que resulta em prejuízos posteriores quando elas deixam a inocência de lado e ficam cientes do que realmente aconteceu. Além disso, há a cultura machista presente na sociedade que faz com que mulheres sejam as principais vítimas, segundo estatísticas, pois elas são reprimidas e desencorajadas a se abrirem sobre as ocorrências, gerando o sentimento de culpabilização. Portanto, é necessário que haja uma maior atenção às pessoas com quem os menores estão em contato na internet e que se tenha muita conversa e orientação por parte deles, assim prevenindo que abusos ocorram com maior frequência. Embora o senso comum acredite que familiares e conhecidos sejam de confiança, ele falha em reconhecer que estes perfis são uns dos principais praticantes de abusos às crianças dentro de seus círculos sociais. Portanto, há uma dificuldade e negação em identificar o abusador, que se utiliza de redes sociais para contatar as potenciais vítimas sem o conhecimento dos responsáveis. A internet acaba sendo um dos principais meios de acesso destes pedófilos aos menores, então é essencial se obter deste mesmo meio para prevenir os abusos e identificar os pedófilos, o que já vem sendo feito por parte dos policiais através de operações específicas. Tendo em vista as dificuldades associadas na identificação do crime pela internet, é imprescindível que responsáveis foquem-se no monitoramento de sites que as crianças acessam e com quem se comunicam nas redes sociais, saindo da caixinha do conservadorismo e abraçando a sinceridade de uma conversa sobre o assunto. É importante também que as autoridades aprovem e invistam em mais projetos de operações policiais que visem desmantelar quadrilhas que alimentam a indústria de pornografia infantil, assim interrompendo o persistente incentivo aos abusos às crianças por parte dos pedófilos. Fazer uso positivo da internet para obter informações sobre os perfis de abusadores e as características que levem a reconhecer o ato também são uns dos caminhos para o combate à pedofilia na web.