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Enviada em: 31/03/2018

A palavra infância resulta do latim infans, referente àquele que se sente desafiado em explicar o que vê. Entretanto, nas vítimas de crimes de pedofilia na internet no país, essa definição não se limita somente à etimologia, mas no presente, que devido ao medo e desinformação, conservam-se alheias ao diálogo profissional e familiar sobre o problema em ascendência. Ademais, o fato desses agressores continuarem exercendo o direto de ir e vir, é o principal regressor quanto à luta em prol da segurança infantil nacional.   Em primeiro plano, ressalta-se que o acesso à internet tem estado presente no cotidiano juvenil brasileiro. Isso se evidencia de acordo com dados da pesquisa TIC Kids On-line, na qual nove em casa dez crianças e jovens são conectados. Desse modo, impera admitir que, analogamente à ascensão ao uso virtual, tem se crescido os riscos à segurança infantil na rede, sendo a ausência de instrução e presença familiar e de órgãos institucionais na vida desses indivíduos circunstâncias retardatárias do bem estar dos mesmos.     Além disso, o problema da existência de pedófilos na rede de computadores ainda é uma realidade no Brasil. Exemplo disso foi o que ocorreu com o ator Mark Salling, preso somente em 2015 após anos de posse de conteúdo pornográfico de menores de idade em seu computador. Sendo assim, urge a necessidade de reconhecer que a ineficácia publica, no que tange à vigilância desses criminosos, também se revela evidente como obstáculo no combate desse mal.   Face às considerações exploradas, compete à mídia abordar em novelas e propagandas relatos e impactos que a temática em questão pode ocasionar, trazendo o debate ao núcleo familiar brasileiro, de modo que orientem e conversem com as crianças do recinto, no que tange à problemática abordada. Outrossim, espera-se do Governo Federal, por meio do incentivo monetário às redes de ensino, a disponibilidade de visitas semanais de psicólogos e pais às salas de aula, objetivando estabelecer rodas de debate, auxiliando a compreender o cotidiano juvenil nos computadores. Ainda, cabe ao Ministério da Segurança rigidez no monitoramento do acesso à internet, disponibilizando links falsos a fim de rastrear os cliques nesse tipo de conteúdo, garantindo, portanto, a defesa daqueles que ainda não podem se defender. Só assim será possível a construção de um Brasil no caminho certo para a extinção dessa crueldade.