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Enviada em: 01/11/2018

Em uma edição de 2017, o jornal "O Globo" afirmou que a crise econômica poderia levar o Brasil de volta ao mapa da fome. Esse termo, oriundo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, revela países que possuem mais de 5% da população que ingere menos calorias do que o recomendado. Em 2014, o Brasil, pela primeira vez, retirou-se desse cenário, mas atualmente corre o risco de retornar devido a motivos políticos e econômicos. Como esse fato é iminente, deve-se o mais rápido possível, encontrar caminhos que evitem essa possível situação.     Segundo estudo divulgado pelo Banco Mundial, o número de pessoas que vivem na pobreza deverá aumentar entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim deste ano no país. Como resultado, é bastante provável que haja um grande aumento da fome, já que o poder de compra para os alimentos será reduzido. Esse cenário pode ser, pois, proveniente da ausência de intensificação de políticas públicas que marcaram o Brasil, como cortes em benefícios e programas sociais, a exemplo do Bolsa Família e  de um Projeto Constitucional,que previa o congelamento em investimentos públicos por até 20 anos.Vê-se, então, um dos principais caminhos no combate à fome: a manutenção dos programas sociais.     Ademais, a falta de investimento na agricultura pode levar a reentrada da nação no Mapa da Fome. Sabe-se que a agricultura familiar é de suma importância para grande parte dos brasileiros, uma vez que, além de alimentar quem a cultiva, a produção é comprada pelo Governo para ser repassada às escolas e às famílias carentes. Isso diminui consideravelmente a fome, pois muitas crianças conseguem obter, de forma digna, o alimento saudável em um ambiente diferente do de casa, e núcleos familiares ficam amparados pelo Governo, o que deixa de ser necessário a eles procurarem más alternativas de alimentação. No entanto, a falta de mercado consumidor, resultado do não investimento em programas desse tipo, prejudica muitos cidadãos que dependem exclusivamente dessas iniciativas para poderem se alimentar.     Portanto, é preciso ter foco em dois pontos principais: a intensificação em projetos sociais e um maior investimento na agricultura familiar. Para isso, o Governo Federal, principal responsável, deve investir massivamente na população menos favorecida, por meio do aumento do Bolsa Família e a construção de escolas em locais carentes, a fim de que as famílias possam ter um mínimo de renda para sobreviver. O mesmo agente deve, também, fornecer uma maior atenção aos pequenos agricultores, por meio de incentivos à água, facilitação do crédito e compra volumosa em alimentos, para que mais famílias produzam, o que resultará em um aquecimento da economia e redução da fome. Com esse conjunto de medidas, o Brasil poderá não voltar ao Mapa da Fome.