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Enviada em: 22/04/2018

Novos tempos, velhas práticas  De acordo com Oscar Wilde, escritor britânico do século XIX, " O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação". Na esteira desse pensamento, o retorno do Brasil ao mapa da foma requer, invariavelmente, uma análise longe de uma visão míope, mas, sim, sobremaneira cautelosa, tendo em vista, mormente, atenuar suas causas e consequências.    É imperioso ressaltar, a princípio, que a concentração de renda contribui para essa situação. Nessa perspectiva, sob uma lógica empirista e racionalista, o aumento de pessoas em situação de subnutrição se insere na teoria Marxista: " A má distribuição de renda contribui para o aumento da fome no mundo". Isso porque desde o processo de colonização do Brasil houve a concentração de uma grande riqueza nas mãos de uma minoria. O fato marcante é que mesmo depois de séculos essa situação persiste. Prova disso está no fato de que enquanto uma maioria não tem nem mesmo do que se alimentar, uma minoria desfruta de todas as benesses que o mundo contemporâneo oferece.     Outrossim, não se atendo as causas, as consequências desse processo são devastadoras. Sim, mitigar essa adversidade requer mudanças na estrutura social. Isso porque, ainda hoje no Brasil, morrem pessoas devido a falta de alimentação. Essa situação é inadmissível, em pleno século XXI, por um país que representa uma das maiores economias do mundo. Além do mais, políticas que buscavam e até tiveram algum exito na redução da fome no país, como, por exemplo, o fome zero tem visto seus investimentos diminuir devido a crise financeira. Por outro lado, tem crescido, vertiginosamente, o número de pessoas milionárias no Brasil. Logo, parece um tanto insolúvel, mas em um momento de dificuldade financeira aqueles que mais necessitam são postos à minguá e, os que menos precisam,  são os mais agraciados com benefícios.    Fica evidente, portanto, que o primeiro passo não é importante, mas essencial. Para isso, cabe à mídia e às ONGs, juntas, trabalharem, por meio de propagandas publicitárias, filmes e novelas, a questão da fome, demonstrando as suas consequências, abrindo debate na sociedade e, até mesmo, por sua força persuasiva, instituir nos cidadãos uma conscientização acerca dos problemas que a fome causa em uma sociedade. Ademais, compete ao Estado promover políticas ou, até mesmo, revitalizar algumas que já tiveram exito, como o fome zero, que busquem extinguir o problema da fome no país, mediante centros de distribuição de cestas básicas e concessão financeira para que as pessoas possam comprar seus alimentos. Assim, haverá, ao menos, a redução de desigualdades que remontam uma parte distante da nossa história e que tem se propagado até os dias de hoje.