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Enviada em: 23/04/2018

A justiça é uma virtude para Aristóteles e é encontrada por meio do equilíbrio. De maneira análoga, é indubitável que o Brasil seja um dos países mais desiguais do mundo e, desse modo, caminhos são necessários para evitar a volta do Brasil ao mapa da fome, um impasse encontrado no tecido social brasileiro intensificado pela má distribuição de renda e por um sistema educacional falido.   Primordialmente, Cândido Portinari, em seu quadro " Os retirantes", ilustra à fome e desigualdade vivenciada pelos nordestinos. Nesse sentido, um dos fatores para que isso ocorra é a distribuição de renda concentrada, majoritariamente, nas "mãos" dos mais ricos. Dessa forma, o problema da fome no Brasil intensifica-se por falta da ação do Estado brasileiro na taxação desses bens, por meio de impostos e taxas de grandes fortunas e heranças.    Ademais, benefícios sociais, como o bolsa família, são insuficientes e não garantem uma refeição digna. Por conseguinte, países que possuem um sistema educacional de qualidade, exemplo disso é o Canadá, obtém índices de fome cada vez mais baixos. Logo, um dos caminhos rumo ao combate desse impasse é investimentos na educação brasileira. Nesse viés, de acordo com o escritor Gilberto Dimenstein, as leis brasileiras funcionam apenas no papel, direitos garantidos pela Constituição de 1988 são verificados apenas na teoria e não na prática.   É evidente, portanto, como são necessários medidas para solucionar o impasse. Nesse contexto, é dever do Poder Executivo criar mecanismos com grandes bancos brasileiros para taxar grandes fortunas e heranças juntamente com o reajuste de benefícios sociais, como o bolsa família, para propiciar uma alimentação mais digna. Além disso, o Estado deve adotar um piso maior de verbas destinadas à educação, com o intuito de melhorar a estrutura escolar e valorizar, por intermédio do aumento salarial, a categoria dos professores. Só assim, será possível alcançar o equilíbrio aristotélico e minimizar a fome no Brasil.