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Enviada em: 01/05/2018

Segundo a FAO, organização das Nações Unidas para Alimentação e Cultura, em 2014, o Brasil saiu da pobreza extrema. No entanto, a crise econômica, com seus esdrúxulos cortes orçamentários, trouxe, novamente, a questão da fome à tona. Isso levanta o questionamento acerca da redução nas necessidades básicas das camadas mais pobres da população brasileira e da má administração dos impostos do país.       Reduzir benefícios de pessoas com menor poder aquisitivo durante uma crise é deveras covarde. A dominação, que pode se apresentar em diversas vertentes como podemos notar nas teorias de Weber e Bourdieu, quando utilizada para a permanência de privilégios dos mais ricos aumenta a desigualdade. A dominação legal exercida no Brasil por políticos e juízes, por exemplo, é notada na manutenção de privilégios desses enquanto cortes de ordem imoral acontecem no orçamento de abastecimento de água da região semiárida do país. Diante de uma crise, os cortes devem começar de cima e não de baixo. Não há lógica em cortar o essencial da vida de uns enquanto outros possuem gordos privilégios.       Além disso, o Brasil possui uma taxa tributária de natureza grandiosa. Paga-se para comer, vestir, entreter e, até mesmo para trabalhar, pois ganhar um bom salário também é oneroso para o cidadão. Contudo, ao se deparar com a falta de dinheiro para o básico do bem comum como educação e saúde, nota-se que a administração financeira não se equipara a grandeza da nação.        Dessa forma, é essencial que determinadas medidas sejam tomadas. O Governo Federal precisa cortar, por um período de tempo, benefícios como auxílio moradia e paletó, por exemplo, de políticos e juristas que já possuem altos custos para a sociedade que paga seus salários. Juntamente com isso, antes de começar a cortar a água do sertão, é preciso que o Tribunal de Contas da União estreite o cerco na má administração dos impostos arrecadados no país. Como diria Mathin Luther King, todo hora é hora de fazer o que é certo.