Enviada em: 30/04/2018

Com os avanços na agricultura proporcionados pela Revolução Verde esperava-se que a fome no mundo acabaria em pouco tempo. No entanto, ainda existem países com problemas graves referentes a fome. No Brasil, ainda que o país tenha conseguido sair do mapa da fome em 2014, especialistas afirmam que a possibilidade de voltar a fazer parte do grupo é alta.       É necessário comentar, antes de tudo, os problemas gerados pela crise econômica no país. De acordo com José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), é essencial que o Brasil retome o crescimento econômico para evitar a volta ao mapa da fome. Com a instabilidade econômica, o número de pessoas desempregadas aumenta e, consequentemente, a quantidade de pessoas passando fome cresce.       Ademais, é válido ressaltar a situação do abastecimento de comida no Brasil. Grandes produtores dão prioridade aos produtos voltados para exportação, como a soja, enquanto os pequenos produtores abastecem o mercado interno. O problema ocorre quando os pequenos produtores, em momentos de crise, passam a dar preferência aos produtos de exportação, pois são mais lucrativos. Dessa maneira, devido a lei da oferta e procura, o preço dos alimentos essenciais para uma dieta balanceada aumenta, agravando a situação da fome.       Fica claro, portanto, que apesar da redução do número de indivíduos em situação de fome nos últimos anos, medidas são necessárias para manter esse número em queda. A curto prazo, o Ministério do Desenvolvimento Social, através do dinheiro dos impostos, deve ampliar os investimentos em programas sociais, como o Bolsa Família e o Fome Zero. A longo prazo, é cabível uma reforma agrária, visando distribuir as terras que atualmente estão em desuso, aumentando o fornecimento de comida no mercado interno.