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Enviada em: 04/05/2018

As conquistas do Brasil, no que diz respeito ao combate à fome, permitiram aos cidadãos terem sentimentos otimistas em relação à pátria. E, ratificando essas vitórias, o país saiu do Mapa da Fome, um levantamento que mostra quais países têm mais de 5 % da população passando fome, realizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Porém, o atual cenário de desemprego e as desigualdades socioeconômicas que afligem a sociedade, são grandes obstáculos para que os brasileiros permaneçam fora do mapa.          Segundo a política Margaret Thatcher, ‘’no capitalismo, quem não tem dinheiro, não tem voz’’. Sob essa ótica, o desemprego é um desastre para os indivíduos nos Estados com esse modelo monetário, caso brasileiro. Nesse sentido, segundo o jornal O Globo, das 14 milhões de pessoas que atualmente não têm um emprego, 8 estão sujeitas a ficar na pobreza extrema, correndo o risco de não ter o que comer durante o dia. Dentre outros fatores, devido aos avanços tecnológicos, a substituição dos trabalhadores por máquinas é um dos responsáveis por esse quadro. Em síntese, a falta de oportunidade de trabalho para grande parte do ‘’povo’’ causa instabilidade pública.     Noutros termos, é preciso destacar, que a discrepância entre as camadas econômicas da comunidade é um fator alarmante. Frente a essa realidade, a disseminação da lucratividade como virtude constrói um espaço de dominação, no qual o progresso é aproveitado por um número irrisório de personagens em seu beneficio exclusivo. Assim, constata-se que as classes mais pobres se encontram em uma difícil situação, que condições básicas presentes na legislação, como saneamento e alimentação, por vezes não são assegurados. Nesse bojo, para Milton Santos, a fome e o mal são questões de escolha, frase que evidencia a necessidade de ações governamentais.         Diante dos fatos mencionados, os caminhos para evitar que o Brasil volte ao Mapa da Fome estão intrinsecamente ligados em combater o desemprego e diminuir as diferenças existentes entre ricos e pobres. Em vista disso, é de responsabilidade do poder Executivo e da iniciativa privada, investir na infraestrutura social e produtiva, por exemplo, fazer grandes obras no âmbito da construção civil, e equilibrar os avanços técnico-científicos com a mão-de-obra operante, através das empresas particulares e estatais, no intuito de gerar mais empregos. Ademais, juntamente com o poder Legislativo, por meio de programas assistencialistas, como o Bolsa Família, garantam uma melhor distribuição de renda. Essas atitudes indubitavelmente são essenciais para erradicar a fome no país.