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Enviada em: 12/05/2018

Atualmente, no Brasil, em decorrência de uma seriíssima crise econômica, patenteia-se que a penúria está galgando números expressivos, de sorte que é cada vez mais amiúde observar casos de subnutrição. A elevação dos índices de subalimentação está inextricavelmente ligada à ascensão do desemprego, bem como à indiferença dos indivíduos. Nesse sentido, urge que deliberações sejam tomadas, porquanto o panorama é desalentador.   Á medida que a escassez de empregos torna-se mais acentuada, o pauperismo, item, exacerbar-se-á, propiciando a fome, uma vez que quem não dispõe de um ofício para garantir recursos dificilmente obterá quantia suficiente de alimentos para sobreviver dignamente. No que concerne a essa problemática, a região Nordeste do Brasil é arquetípica, pois a seca, o analfabetismo, o desemprego, o descaso das autoridades são fatores tão arraigados em determinadas porções dessa área que a miséria predomina, e a desnutrição atinge níveis exponenciais.    Nas escolas, nos restaurantes, nas empresas e em outras paragens, verifica-se que o excedente dos alimentos, que deveriam ser consumidos por quem impreterivelmente necessita, é despojado à farta. O que contrasta com a realidade de uma miríade de brasileiros que, em busca do que é desperdiçado tão imprudente e indiferentemente, vendem-se por quinquilharias, recorrem ao crime, submetem-se a "empregos" análogos à escravidão. Tal paradoxo está presente em todo território nacional, e é uma grave mazela social da sociedade brasileira que corrobora, cristaliza as desigualdades.   Portanto, é imprescindível que esses estigmas que favorecem a agudez da fome no Brasil sejam superados. Para tal, urge que os Governos Estaduais fomentem a agricultura familiar com subsídios aos pequenos e médios produtores; que favoreçam a implantação de cooperativas alimentícias para que se comercializem produtos desse gênero entre as classes mais baixas. É importante que o Governo Federal disponha às Prefeituras recursos para que sejam criados restaurantes populares, do mesmo modo que as escolas e a mídia exortem palestras e discussões acerca do consumo consciente. Assim, o panorama tétrico do aumento da fome no Brasil será arrefecido.