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Enviada em: 15/05/2018

Desconstruindo a ameaça         Durante a Idade Média, a Grande fome foi um dos fatores que demonstrou a decadência e a necessidade de se superar este período, considerado como a "Idade das Trevas". Nesse sentido, no hodierno contexto brasileiro, no qual a fome ameaça retornar, a busca por soluções torna-se crucial, a partir do restabelecimento ou melhorias de programas sociais, bem como um maior investimento em pequenos produtores rurais a fim de proporcionar uma segurança alimentar à população.         Mormente, a necessidade de desenvolver programas sociais, relacionados ao fornecimento de subsídio à pessoas que se encontram em situação de fome, constitui-se um primeiro passo que, no entanto, sofre resistência, por parte do próprio Governo. Face ao exposto, vale ressaltar uma pesquisa do IBGE, o qual constatou a presença de 7 milhões de pessoas em situação de fome extrema; como também, a redução de mais de 90 porcento de recursos destinados à distribuição de alimentos, por parte do Poder Executivo Federal. Desta forma, fica evidente um Estado que ignora a ameça do retorno da fome, bem como os princípios presentes na Carta Magna, o qual garante a alimentação como direito inalienável a todos.         Outrossim, o investimento em pequenos produtores rurais é vital para se combater a fome, ao contrário da agricultura extensiva, voltada para o mercado externo. À vista disso, é importante destacar dados do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), que afirma que mais de 70 porcento dos alimentos consumidos pelos brasileiros são provenientes da agricultura familiar. Destarte, demonstra-se a importância de se realocar, equitativamente, o capital exorbitante, destinado exclusivamente ao agronegócio, para o setor que realmente contribui para a segurança alimentar da nação.          Diante dos fatos mencionados, é notória a inevitabilidade de mudanças a fim de que a ideia de retornar ao mapa da fome, transforme-se numa hipótese impensável. Para isso, cabe ao Governo Federal, representado pelo plenário, a criação ou a melhoria de programas sociais, no qual tenham como objetivo o fornecimento de subsídios, que acompanham a inflação, possibilitando a compra de alimentos àqueles que necessitam; como também, a elaboração de planos de investimentos, por parte do Governo e de bancos, que forneçam créditos e financiamentos à juros baixos, incentivando a agricultura familiar. Com isso, tem-se a possibilidade de desconstruir a ideia da fome como ameaça à nação.