Desde os primeiros anos de colonização no Brasil os cidadãos sofrem com a concentração fundiária,marcada pela concentração de terras nas mãos de poucos. Cabe,pois,culpar a falta de planejamento agrário e o difícil acesso aos meios de produção como agravantes desses índices no país. Com o desejo de desenvolvimento econômico frente à BRICS, o Governo Federal investiu na produção agrária de produtos com maiores valores agregados,que nem sempre eram fontes de alimento. Esse déficit de planejamento, ocasiona a escolha em qualidade e quantidade de alimentos que agravam ainda mais a fome. Atualmente, empresas de grande porte têm facilidades concebidas pelo Estado no acesso aos meios de produção,como créditos para a compra de maquinários. Enquanto isso,populações que sofrem com a fome e poderiam utilizar pequenos pedaços de terras para suprirem suas necessidades alimentares,lidam com dificuldades financeiras e burocráticas frente às indústrias de bens de capital. Portanto, a obrigatoriedade na produção de alimentos de consumo por grandes empresas deve ser colocada em pauta no Ministério da Agricultura em uma possível reforma agrária. Além disso, a redistribuição de renda com o reajuste do salário mínimo e a concessão de créditos para pequenos produtores deve ser assegurada através de novas leis,garantindo assim, a contenção de um possível regresso dos quadros de fome no Brasil.