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Enviada em: 17/05/2018

O direito humano à alimentação adequada está garantido no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.Entretanto,no Brasil esse direito está sendo ameaçado,tendo em vista o recente relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação,que alerta para a volta do país ao Mapa da Fome,que analisa dados sobre a segurança alimentar ao redor do mundo.Sobre esse aspecto,convém analisarmos as principais causas,consequências e possíveis medidas para essa problemática.  A primeira observação se refere ao corte orçamentário inciado em 2015 em diversos programas assistencialistas,como o Bolsa Família,e em ações no Programa de Aquisição de Alimentos com a aprovação da PEC 247, que coloca em risco a erradicação da fome no  país,tendo em vista a dependência das classes menos favorecidas da continuidade desses programas para a garantia de sua alimentação.É inadmissível que o combate a fome no Brasil,não seja prioridade na agenda do Governo Federal.   Além disso,a concentração fundiária histórica iniciada no Período Colonial,priorizou o modelo agroexportador de plantation em detrimento da agricultura familiar,que abastece o mercado interno de alimentos.O geógrafo Josué de Castro,em sua obra Geopolítica da Fome comprova que a desnutrição populacional advém de fatores políticos,e que é de extrema importância a implementação da reforma agrária no país,com o intuito de destinar as terras devolutas para a produção de insumos alimentícios.    Dessa forma,o combate a fome no Brasil requer ações mais efetivas para ser ampliado em nossa sociedade.Nesse sentido,o Governo Federal por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome deve,ampliar a verba de programas sociais que garantem a segurança alimentar como o Bolsa Família,priorizando áreas de maior instabilidade econômica.