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Enviada em: 21/05/2018

Apesar de todos os esforços por equidade, a realidade em torno dos caminhos para evitar que o Brasil volte ao mapa da fome permanece paradoxal e caótica. A Constituição Cidadã, alicerce da democracia brasileira, é uma utopia diante da quantidade significativa de brasileiros que passam fome ou aqueles que possuem acesso ao mínimo e sem qualidade. Desse modo, faz-se relevante a análise de duas vertentes fundamentais: o amadorismo pertinente e o otimismo patológico.       Circunscrita a essa realidade, o esfacelamento das bases sociais é evidente na proliferação das crises de representatividade em torno do amadorismo pertinente. Conceito este trabalhado por Sérgio Buarque de Holanda e que diz respeito a uma sociedade baseada em arranjos incompletos e que apresenta soluções a curto prazo. Infelizmente, esta é a nossa realidade brasileira, mesmo o país estando fora do mapa da fome há uma grande chance de voltar e medidas preventivas não são tomadas.       Nesse mesmo viés, o otimismo patológico acaba se tornando um fator negativo para os brasileiros. Segundo Gramsci, " é preciso ser pessimista na análise e otimista na ação ", mas no Brasil isso não ocorre, é criada uma visão ilusionista do país e a fome, por exemplo fica mascarada. Assim, as garantias do Welfare State são substituídas por descaso e pela ruptura com o bem-estar social.      Portanto, o Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome deve elaborar propostas preventivas que impeçam a volta do Brasil para o mapa da fome, por meio de encontros presencias e com material online e atualizado. Além disso, devem ser convidados investidores econômicos, pois tem relação direta com a disponibilidade de renda no país. Espera-se com isso que os formadores do Ministério busquem uma solução e acabem de vez com a fome.