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Enviada em: 26/05/2018

Ao fim do século XVIII o economista Robert Malthus afirmou que a razão entre a produção de alimentos e crescimento populacional seria tão grande na qual seria insustentável, ou seja, não haveria comida para toda a população. Felizmente, o Brasil em 2014, provou que a teoria estava errada depois de sair do mapa da fome da ONU. No entanto, apenas três anos após sua memorável conquista o país pode retornar, assim como o quadro "Os Retirantes" de Cândido Portinari a seu estado de fome e miséria.   Em primeiro plano, é necessário dizer que o Brasil, o celeiro do mundo de acordo com Vargas é um dos maiores produtores de alimentos no âmbito global. E apesar disso, um contingente de 3% da população não possui o mínimo para nutrição adequada segundo o IBGE. A desigualdade social, a histórica concentração fundiária são apontados como elementos que impedem o acesso à alimentação por parte dessa camada assolada pela fome; assim como 2,5 milhões que podem ter cruzado a linha da pobreza e, por consequência, a subalimentação de acordo com a Fiocruz.   Contudo, a má distribuição e o desperdício se destacam como os principais contratempos para erradicação da fome no Brasil. A partir de levantamentos da World Resource Institute(WRI) o Brasil desperdiça, diariamente 40 mil toneladas de comida; sustento que com a politica publica adequada poderia ser revertido em prol dos milhões de Brasileiros que vivem em condição sub-humana. Outrossim, a falta de investimentos na distribuição alimentar impossibilitando sua chegada em quantidades adequadas as partes mais pobres e periféricas do país.  Espantosamente 54% da população possui sobrepeso, acentuando ainda mais a evidente, porém ignorada desigualdade alimentar brasileira.   Em vista dos fatos apresentados, fica claro que essa miséria e pobreza são, primeiro, um problema ético e moral, portanto urge a mobilização conjunta do Governo e população para uma solução efetiva do problema. Uma das medidas seria a criação e divulgação de cooperativas como a "Fruta Feia" que coloca alimentos de baixo capital estético, mas saudáveis à venda com preços mais acessíveis, bem como ampliação de campanhas salientando as consequências do desperdício alimentar. Por fim, é valido que haja um maior investimento governamental ou através de parcerias com empresas privadas no desenvolvimento de tecnologias para preservação e transporte dos alimentos para todos os Estados da nação. É indubitável que uma dieta equilibrada esteja ao alcance de todos e com essas recomendações e um olhar responsável sobre o país, o Brasil logo encontrara um caminho próspero e brilhante.