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Enviada em: 24/05/2018

Prioridade       Durante a década de 2000, a América do Sul presenciou a ascenção de governos populistas, em um fenômeno denominado "onda vermelha". Tendo em vista esse período, no Brasil, a parcela da população em extrema vulnerabilidade foi beneficiária de políticas específicas, que contribuiram para a saída do país do mapa da fome. Contudo, a crise política e econômica que assola o país põe em risco essa conquista. Dessa forma, para evitar que o Brasil regrida na pesquisa, faz-se necessário ir contra o padrão histórico e estabelecer o fim da fome como norma prioritária do Estado, independente do Governo que o assuma.       Dado o exposto, é possível afirmar que, historicamente, a redução da fome e da desigualdade de renda não é tida como prioridade. Por exemplo, durante o período da Ditadura Militar, Delfim Neto, economista, afirmou que primeiro era necessário fazer o bolo econômico crescer para então reparti-lo. Logo, fica claro a negligência para com os menos favorecidos da pirâmide de renda, visto que, a criação de medidas que os contemplem não é tida como urgente, mas sim dependente do crescimento da economia.         Entretanto, o fator que impõe a manutenção dessa problemática é a dependência das políticas sociais em relação aos governos, conquanto, deveria ser prioridade inalienável do Estado democrático. Pois, se os filósofos  contratualistas - Thomas Hobbes, John Locke e Rousseau - estabelecem que o Estado surge de um contrato, entre governantes e governados; em um Estado Democrático, cujos políticos representam e são eleitos pelo povo, atender as necessidades básicas do mesmo deveria ser a principal pauta. Portanto, a manutenção do Brasil fora do mapa da fome não deveria ser posta em risco por cortes orçamentários derivados da crise política e econômica.        Em conclusão, para que medidas que combatam a fome sejam inalienáveis ao estado Brasileiro, ações devem ser postas em prática. Portanto, ONGs e a sociedade civil devem se organizar, por meio de plataformas online, como o Facebook, para realizar passeatas em busca de medidas eficazes contra a fome e fiscalizar o orçamento público, com a finalidade de embutir àqueles que gerenciam o Estado, a consciência de que estão prestando serviço à população.