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Enviada em: 25/06/2018

Karl Marx, pensador alemão, acredita que os indivíduos devem ser analisados de acordo com o contexto de suas situações sociais, já que produzem suas existências em grupo. Nessa lógica, torna-se pontual compreender a problemática da fome e os meios para que o Brasil não aumente esse problema. Isso significa que os irrisórios investimentos nas regiões periféricas e a desigualdade social acentuada na população corroboram para agravar a questão da fome.       Em primeira análise do problema, observa-se que, de acordo com John Locke, o Estado deve garantir o direito à vida, à liberdade e à propriedade privada. Essa questão é pertinente, uma vez que no atual momento de crise há evidências de menores cuidados com as áreas carentes, as quais tiveram seus privilégios alimentícios diminuídos. Caso preocupante, pois com essas ações as pessoas mais pobres não exercem seus direitos à vida com dignidade. Diante desse quadro, não se pode adiar que os cortes públicos não se voltem para as partes mais necessitadas e que reforce as medidas que valorizam a agricultura e a segurança alimentar.       Ademais, outra razão fundamental para a consolidação desse pensamento é o fato de que a Teoria Malthusiana afirma que a população cresce exponencialmente enquanto a comida linearmente, o que em um momento acarretaria o fim do alimento. Entretanto, sabe-se que esse relato não pode ser afirmado, porque o real motivo desse problema é a má distribuição dos alimentos potencializada pela desigualdade social. É indiscutível, então, que haja melhoria no processo de entrega da comida para que todos tenham acesso a ela e assim acabe com a diferença de classes.       Portanto, o posicionamento assumido nessa discussão demanda duas medidas pontuais. A princípio, o Governo Federal deve estabelecer como meta intensificar os investimentos na agricultura de subsistência, com intuito de ter mais verba disponível a fim de que as regiões mais carentes tenham alimentos suficientes, fazendo com que não agrave a situação da fome no país. A outra ação também precisa ser fomentada pelo Estado, no sentido de fortalecer as medidas de distribuição da comida no Brasil, as quais visem findar com a desigualdade social garantindo o direito a todos. Com esses direcionamentos, os indivíduos, como advoga Marx, irão coexistir mais racionalmente na sociedade com a extinção da fome.