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Enviada em: 29/06/2018

O sociólogo Durkheim alegava que a consciência coletiva é imprescindível à coesão social. Nessa perspectiva, a preocupação do Estado sobre causas comunitárias, como o combate à fome e à miséria, interferem positivamente na evolução de uma nação. Não obstante, hodiernamente, o Brasil está prestes a voltar ao mapa da fome da ONU. Isso se deve, sobretudo, a incapacidade do Poder Executivo em gerir de forma precisa as políticas públicas. Destarte, é irrefutável que ocorra uma remodelação dos projetos governamentais com o escopo de atenuar os efeitos desse problema.       Nesse contexto torna-se necessário observar, primeiramente, que o o Brasil saiu do mapa da fome no ano de 2014, com o suporte de programas sociais como o Fome Zero e o Bolsa Família, ambos criados em 2003. Todavia, com a grave crise econômica que atingiu o país nos últimos quatro anos, o Governo gastou menos com programas sociais, diminuindo e cancelando diversos benefícios, e, por conseguinte, atualmente mais de 5 milhões de brasileiros vivem abaixo da linha de pobreza, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Isso posto, atesta a incapacidade do Poder Público em gerir a fome de forma objetiva. Em virtude disso, o bem-estar de muitas famílias, principalmente as que vivem em cidades afastadas de centros urbanos, é afetado.      Em contrapartida, a falta de emprego em sinergia à má distribuição de renda e à desigualdade social fez com que muitas famílias que habitam as grandes metrópoles brasileiras também sofressem com o fenômeno da fome, evidenciando que essa adversidade não é uma realidade exclusiva em regiões interioranas. Como consequência dessa realidade, a fome no país se tornou um problema de saúde pública de grau alarmista. À vista disso, para superar esse entrave, medidas são necessárias.        Sob esse prisma, cabe ao Estado, em parceria ao Ministério do Desenvolvimento Social, o maior direcionamento de verbas para ampliação de programas de transferências de recursos. Isso pode ser viabilizado, por exemplo, com o aumento do benefício Bolsa Família em todas as regiões brasileiras, dirigido principalmente à população mais carente, com o fito de garantir a segurança alimentar e nutricional da população, e, consequentemente, o desenvolvimento social da Nação. Ademais faz-se mister que o Governo bote em prática uma nova estratégia econômica de crescimento, com geração de empregos e aumento do piso salarial de trabalhadores que foram afetados pela lastimável desigualdade social do Brasil, com o intuito de criar uma democracia mais sólida no país. Dessa forma, a coesão social apresentada por Durkheim seria alcançada.