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Enviada em: 27/06/2018

A Agricultura Familiar e a sua importância.    A grande obra do período modernista, escrita por Graciliano Ramos, chamada "Vidas Secas", retrata o ambiente hostil da caatinga nordestina, em que a fome é capaz de tornar as pessoas menos humanas, através de uma vida sofrida e sem perspectivas. Dessa maneira, o Brasil conseguiu avançar e sair do mapa da fome, como proposto pela ONU. Contudo, com a crise atual instaurada na economia torna-se cada vez mais evidente a retomada deste quadro em âmbito nacional.    É válido analisar, desse modo, que, mesmo com o avanço proporcionado pela mecanização do campo, a má distribuição beneficia os grande latifundiários. Durante o regime militar, instalou-se no Brasil a Revolução Verde. Com a ajuda de fertilizantes, agrotóxicos e tecnologia, o país passou a ser o maior exportador de soja e milho. Porém, todo esse avanço levou a criação de grandes latifúndios monocultores. Isso tem como consequência a degradação do meio ambiente e não apresenta, conforme dados estatísticos do IBGE, a mesma importância da agricultura familiar no processo de combate a fome.    As diversas políticas públicas em nada ajudam o processo de expansão da agricultura familiar.  Prova disso é a diminuição de 99% dos recursos voltados a distribuição de alimentos em áreas carentes, feito por agricultores familiares. É necessário enfatizar que essa prática traz consigo um enorme valor sustentável, pois a sua base é a policultura e, em muito casos, de maneira orgânica - sem o uso dos invasivos agrotóxicos. Contudo, como não ocorre a incentivo dessa prática, as famílias de agricultores sentem-se pressionadas pelo Agronegócio. Isso leva ao êxodo rural, que gera os "inchaços" nos centros urbanos, aumenta o processo de marginalização, do desemprego e, consequentemente, da fome.    Torna-se evidente, portanto, a necessidade de se discutir a situação da fome, que existe, na maioria das vezes, por  conta desse paradoxo nacional. Logo, torna-se necessário que o Governo Federal e instituições públicas trabalhem em conjunto, de forma que melhore o processo de produção e conscientização através de palestras em prol do produtor familiar. Nesse sentido, cabe enfatizar a importância de especialistas à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para estruturar planos de acompanhamentos aos pequenos agricultores, gerando a conscientização necessária para que ocorra o aumento da produção. Através desse processo, haverá o barateamento dos produtos, tornando-os acessíveis para a população. Só assim, dando real valor à aqueles que necessitam de sua  valorização,  o Brasil não voltará ao mapa da fome ou teme-lo.