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Enviada em: 01/07/2018

As sucessivas e positivas melhorias nos índices sociais até o ano de 2014 resultam de um retrospecto de governos com amplas políticas sociais. O Brasil rompeu a dualidade de pobreza extrema e descaso governamental, direcionando os holofotes mundiais para o país, destacando o sucesso de um modelo de gestão Estatal focado no amplo bem estar social.    Contudo, a partir do mesmo ano, um processo de desaceleração econômica nacional é percebido e uma recessão severa é verificada impactando diretamente e negativamente na disponibilidade de empregos e geração de renda. Inconsequentemente, o governo conseguinte imprime reformas de redução do gasto público, promovendo cortes diretos nas políticas sociais, inclusos programas de assistência social, de cultura e educação. Por conseguinte, transbordam-se indícios de que o Brasil estaria retrocedendo em seus avanços sociais.     Indubitavelmente e de forma extremamente direta e simplista, sabe-se que o Estado se instaura para que possa gerir os recursos de provindos de tributos em busca da excelência econômica e social de uma nação. Embora haja uma pretensa noção nacional de que o Estado se sobrepõe ao indivíduo social, o povo concebe toda a razão de existir do Estado.     Distante de negar a necessidade de cortar gastos públicos, as reformas devem priorizar outros setores. O aparelhamento do Estado é excessivo, devendo o número de cargos comissionados ser o primeiro a ser reduzido. Excessos de verbas de gabinete e privilégios do congresso nacional tornam o legislativo um dos mais dispendiosos do mundo. A tributação das grandes fortunas, realidade mundial, inexiste no Brasil, o que provoca o questionamento sobre quais são as verdadeiras prioridades dos últimos anos de gestão governamental.     Essas são algumas das alternativas de receitas e cortes de despesas. Momentos econômicos ásperos existem, mas evidenciam a necessidade da alteração da primazia e foco político do governo vigente.