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Enviada em: 18/08/2018

O infortúnio da fome no Brasil       Ao lembrar-se da crise de 1929, vivida pelos Estados Unidos devido a quebra da bolsa de valores de Nova York, onde uma cena de fome, desemprego e insegurança assolou os cidadãos americanos, pode-se fazer uma breve comparação com a sociedade brasileira hodierna que abandonou o mapa da fome em 2014, com apenas 3% da população em situação de fome, em pesquisa feita pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) . Entretanto em relatório entregue em julho de 2017, assinado por 20 ongs, atuantes no país, o Brasil encara o risco de retornar ao mapa da fome. Panorama esse, dado pela desigualdade social, desemprego, corte de gastos públicos, causas naturais e estrutura fundiária exclusiva, gerando assim a problemática da fome e da insegurança alimentar.       Dentre os inúmeros motivos existentes esta o fator da desigualdade, na qual grande parcela da sociedade não recebe incentivos sociais como educação de qualidade, formação profissional para assim adentrar ao mercado de trabalho e garantir a renda familiar. Pode-se citar também a crise econômica vivida pelo Brasil, que gerou uma taxa de desemprego de 12,4% em 2017, segundo o  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) .       Além disso há o corte de gastos públicos, que chega a programas sociais, como o bolsa família, cisternas no semiárido, entre outros. Existe também a injusta concentração de terras nas mãos dos mais ricos, dessa forma, contribuindo para o difícil acesso as terras e aos meios de produção, fazendo com que parcelas da sociedade fiquem restritas a possibilidade de plantar para seu sustento e para sua própria alimentação.       Tendo em vista os aspectos observados torna-se imprescindível a necessidade de uma tomada de medidas para solucionar os problemas apresentados. Seria interessante que o Ministério da Fazenda (MF) juntamente com o Ministério da Educação (MEC) priorizasse maior fundo de investimentos voltados para educação e formação profissional, onde toda a população tenha acesso a ensino de qualidade, para posteriormente suprir o mercado de trabalho e garantir renda. Bem como seria essencial que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) investisse na democratização da terra, para que a parcela excluída tenha acesso, e  possibilidade de cultiva-la, para que assim possa garantir alimentos para seu próprio consumo e para comercialização. Sendo assim colaborando com o avanço na luta contra o retorno ao mapa da fome e na diminuição da porcentagem de brasileiros que ainda vivem em situação de miséria. Criando assim uma sociedade mais igualitária, justa e inclusiva. .