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Enviada em: 31/07/2018

A fome é contraditória em um país essencialmente agropecuário, que é considerado um dos maiores exportadores de grãos e carnes, o Brasil corre o risco de mais uma vez entrar no mapa mundial da fome. Atualmente, sabe-se que há alimentos sendo produzidos em quantidades suficientes para abastecer toda a população mundial. Entretanto, altas taxas de desemprego, no Brasil, assim como, a sólida estrutura social capitalista, tornaram alimentos indispensáveis à vida em produtos de prateleiras essenciais para a movimentação da economia.       Após diversos escândalos sobre a corrupção ativa no governo brasileiro, a instauração de uma crise econômica foi a responsável por uma queda brusca no número de empregados em regime CLT. Assim, foi tirado de centenas de pais e mães de famílias suas únicas fontes de sustento e suprimento de necessidades básicas. Por consequência, o corte no orçamento, tanto em residências quanto em programas assistencialistas, refletiu dramaticamente no "prato" de alguns brasileiros, ou seja, a refeição tem sido menor que a necessidade biológica.       Em contrapartida, há o aumento na taxa de obesidade da população brasileira, escancarando as diferenças entre os diversos estratos sociais de uma oligarquia disfarçada de democracia. Um documentário produzido por José Padilha, intitulado de Garapa, retrata fielmente a realidade de muitas famílias nordestinas que necessitam dos programas assistenciais como Bolsa Família e Fome Zero, e a  sua relação de dependência e necessidade no cotidiano de algumas famílias. Desse modo, é possível identificar pela vertente filosófica de Simmel, que a alimentação em uma sociedade capitalista está fortemente atrelada à classe social do individuo e ao seu posicionamento na sociedade, assim a fome é nada mais que um efeito colateral de um sistema capitalista fortemente solidificado.       À problemática apresentada, é possível reduzir o risco de o Brasil voltar ao mapa mundial da fome, com medida simples e dispendiciosas, como, através de campanhas promovidas pelos sindicatos do comércio e da indústria, para que a sobra da produção sejam destinadas à doações para ong's que distribuem cestas básicas. Assim como, o Estado pode beneficiar pequenas e grandes empresas com redução em alguns impostos, quando estas colaborarem com programas assistencialistas que visem à redução da fome e da pobreza.