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Enviada em: 02/08/2018

A Revolução de Canudos que ocorreu no Sertão baiano foi um conflito oriundo, principalmente, das crises econômicas e desigualdades sociais. Hoje, esse cenário ainda é preocupante, uma vez que o desemprego e a concentração de rendas é uma das principais causas da persistência da fome no Brasil. A Constituição Federal de 88 diz que é direito do cidadão ao acesso a alimentação, no entanto, segundo uma pesquisa do R7, a cada cinco minutos uma criança morre em decorrência da fome. Isso porque a carência nutricional, o que leva ao desenvolvimento de doenças como anemia, faz parte da realidade de muitos brasileiros. A escassez de alimento está presente, sobretudo, nas áreas secas do país, onde existe um déficit no planejamento agrícola que resulta em pessoas sem trabalho, com terras de difícil fertilização e por conseguinte pobreza extrema. Algumas políticas públicas foram implementadas para ajudar na mudança desse cenário, como a criação do fome zero e bolsa família. Todavia, tal problema não se resume apenas em estáticas e ajuda governamental, trata-se de um problema sociocultural, uma vez que as pessoas fora desse mapa não enxergam as outras, pelo simples fato de serem de classes sociais diferentes. Fazendo com que essa temática seja ignorada e originando sentimento de superioridade. É notório que o que precisa ser feito é dar oportunidade para essas pessoas, para que elas consigam ter autonomia e viver dignamente. Sabendo disso, é necessário que o Governo por meio de incentivos fiscais faça com que as grandes multinacionais optem em se deslocar ou construir suas fábricas nas regiões semiáridas do Brasil, isso daria oportunidades de emprego para a população, fazendo com que não precisem buscar as grandes cidades e não ocupar áreas periféricas e de risco. Além disso, que as prefeituras juntamente com a comunidade promovam a criação de centros de vivencia com hortas comunitárias, afim de haver uma integração social.