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Enviada em: 05/08/2018

“A essência dos direitos humanos é o direito a ter direitos”, a célebre frase da filósofa judia Hannah Arendt evidencia a deficiência de mudança de postura no que tange aos caminhos para evitar que o Brasil volte ao mapa de fome. Tal situação é originada devido a duas causas principais: o pouco incentivo do mercado interno principalmente rural e o baixo desenvolvimento humano. Com isso, é urgente a necessidade de parceria entre governo e sociedade para amortização da referida problemática.         À guisa de Thomas Piketty, “o Brasil não cresce se diminuir sua desigualdade”. Nesse contexto, os caminhos para evitar que o Brasil volte ao mapa da fome, por ser um problema que está fortemente ligado ao pouco incentivo no mercado interno principalmente rural, no qual favorece os grandes proprietários exportadores, com relevantes incentivos fiscais, comparados aos pequenos proprietários; encaixa-se perfeitamente nas palavras do economista; a exemplo, é o “perdão” de 10 bilhões em dividas ruralistas concedida pelo governo; o que gera graves consequências como a maior frequência de fome entre a população rural segundo a Pesquisa Nacional por amostra de Domicilio(Pnad). Dessa forma, é relevante proteger os pequenos fundiários para reduzir o índice de insuficiente mercado a estes e sua consequente fome.       A posteriori, o baixo índice de desenvolvimento humano no Brasil é um importante tópico fomentador desse problema. Essa conjuntura valida-se no fato de que, houve cortes de até 96% em programas sociais ao longo de quatro anos, tal fato revela que, com cortes em programas como o “bolsa família”, os cidadão tendem a ficar mais expostos a fome, pois com o alto desemprego vigente no pais, essa ajuda do governo é indispensável; em decorrência disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontam que mais de 1 milhões de pessoas passam fome no Brasil. Assim, garantir investimentos abrangentes e suficientes no setor social é indubitavelmente necessário.         Infere-se que, o pouco incentivo do mercado interno principalmente rural e o baixo desenvolvimento humano são, portanto importantes vetores dessa problemática. Para desconstruir esse panorama, o Ministério da fazenda deve reduzir os privilégios dos grandes latifúndios, com redução de incentivos fiscais, junto ao Estado criarem mais programas de proteção ao pequeno proprietário, de forma a custos justos vender equipamentos indispensáveis a estes e concomitantemente o Ministério de Desenvolvimento Social deve incrementar investimentos em programas como o “bolsa família” e “Aquisição de Alimentos”, com o fito de reduzir as desigualdades, desenvolver a sociedade e dar suporte para a redução de fome no país e desse modo, evitar o retorno ao mapa de fome.