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Enviada em: 14/08/2018

Na literatura do Romantismo Indianista, notoriamente representada por José de Alencar, o Brasil é retratado, por vezes, como um país perfeito, ideal para se viver. Entretanto, se analisarmos a situação do país, vemos que é somente herança literária, visto que o Brasil padece com a fome. Nesse cenário, dois motivos são pertinentes: a concentração latifundiária e o péssimo dirigismo Estatal.    É evidente que a questão da concentração latifundiária estejam entre as causas do problema. Segundo Karl Marx, filosofo alemão, a sociedade vive em constante luta de classes sociais. No Brasil, é visto a quantidade de conflitos por terras, esses protestantes expõem as violências sofridas pelos latifundiaristas, que mostra-nos a negligência Estatal. Nesse contexto, é notório que a fome nos níveis mais baixos da sociedade é efeito da concentração fundiária e omissão por parte do Governo.     De acordo com Jean-Jacques Rousseau, filósofo francês, cabe ao Estado melhorar a condição do homem em sociedade, no entanto, no Brasil tal fato não ocorre e a fome persiste em assolar o país. O Programa Bolsa Família, fundamental para reduzir as discrepâncias socioeconômicas, teve um corte de R$1,7 bilhões, conforme o orçamento do Estado para 2018. Portanto, nota-se na contemporaneidade, as imperfeições no dirigismo governamental, que peca em negligenciar à adversidade.    Entende-se, portanto, que a fome é resultante de discrepâncias e associada a um Estado ineficaz. Por isso, cabe ao Governo que incentive programas socioeconômicos como o Fome Zero e Bolsa família, promovendo também a ampliação de recursos para tais, para uma abrangência significativa, a fim de melhorar e diminuir disparidades econômicas. Ademais, cabe ao Parlamento que inicie um processo para a distribuição de terras desocupadas para famílias desfavorecidas. Assim, o Brasil poderá caminhar rumo a perfeição visto na literatura romântica indianista.