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Enviada em: 16/08/2018

Fim da recessividade  Assim como proposto por Gregor Mendel, pai da genética, se uma planta possui dois fatores para uma mesma característica, um se manifesta sendo dominante e o outro permanece oculto, sendo recessivo. Semelhantemente, o problema da fome no Brasil pode ser comparado a esta planta, ao passo que atualmente tem como dominante a população alimentada e em recessividade a faminta. Entretanto, inúmeras vezes a parcela oculta é desprezada tanto pelo governo quanto pela população já alimentada, o que agrava a situação. Por isso, o investimento em nutrição deve sempre existir.  Em 2014, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil saiu do mapa da fome. Este dado significa que o país possui apenas 5% da população com insegurança alimentar. Essa porcentagem é pequena, porém, tendo em vista o tamanho da população brasileira, isto mostra que cerca de 7 milhões de pessoas vivem em condições de fome atualmente.  Para que fosse possível reduzir essa população, o Governo instituiu programas como o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Esse programa além de nutrir e ensinar crianças a se alimentar de forma saudável, ainda designa 30% de investimento à agricultura familiar local, desenvolvendo-a. Por isso, esse programa foi um avanço tanto econômico, como social para o país.  Entretanto, com a crise econômica de 2017 e 2018, foram feitos cortes em programas sociais. E o perigo desses cortes é que eles justamente afetam diretamente os 5% da população, sendo possível um aumento nessa porcentagem. Por isso, em oculto, a fome volta a ameaçar o país novamente.            Portanto, fica evidente a necessidade de medidas que possam nutrir a população recessiva para que esta passe a se alimentar como a dominante. Para isso, o Ministério da Agricultura deve investir no agronegócio em regiões mais pobres com dificuldade agrícola, a fim de desenvolver as terras e levar o alimento até a região. Além disso, o debate acerca da fome deve ser incentivado para que tenha sempre visibilidade e apoio da União. Assim, o Brasil não voltará ao mapa da fome e findará a recessividade na população.