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Enviada em: 23/08/2018

No romance "Vidas Secas", Graciliano Ramos expõe o grave problema da fome no Brasil. No panorama atual, mesmo com os avanços conquistados, o medo da fome voltar a assustar o país é permanente. Isso se deve, sobretudo, a falta de política de terras e as oscilações da economia brasileira. Assim, torna-se necessário tecer caminhos para que o Brasil não volte a pertencer ao mapa da fome.  Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o contexto histórico notoriamente influência essa questão. As capitanias hereditárias foram a base para a má distribuição de terras no país,  em consequência, a questão fundiária é um dos principais motivos da miséria de uma grande parcela da população. Prova disso, é a existência de 4,8 milhões de famílias sem terra, e segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, as lavouras comunitárias são primordiais para sustento dos brasileiros. Desse modo, nota-se que, a reforma agrária é imprescindível para não agravar a situação.   Em segunda análise, o aumento do desemprego apresenta-se como outro fator preponderante para a instalação da escassez de alimentos na mesa dos cidadãos. Acresce a isso, a falta de emprego formal que obriga as pessoas se submeterem a empregos precários e receberem salários baixos que são insuficientes para alimentar as suas famílias, levando-as a passarem fome e até viver na negligência.    Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver esse impasse. Para Herbert Souza, ativista que lutou combatendo a fome no Brasil "Só a participação cidadã é capaz de mudar o país". Por isso, a população deve participar de militâncias para pressionar o Congresso Nacional para votar a reforma agrária. Ademais, o Ministério do trabalho, por sua vez, deve promover Políticas Públicas para erradicar o subemprego, com verbas oriundas do Produto Interno Bruto objetivando a subsistência de todos. Assim, a garantia de alimentação prevista na declaração dos direitos humanos será respeitada.