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Enviada em: 24/08/2018

De acordo com o Existencialismo, doutrina filosófica surgida na França, no século XX, a liberdade de escolha é refletida nas condições de existência do ser. Portanto, cabe ao homem ser responsável por suas ações. Porém, no Brasil, em pleno século XXI, ainda se enfrentam desafios para evitar que o país não volte ao mapa da fome - o que evidencia a ausência de Políticas Públicas para a formação plena do cidadão.        É inquestionável que as autoridades governamentais brasileiras já adotam medidas que primam pela efetivação de uma sociedade justa e coesa. Pode-se mencionar, como por exemplo, a sua própria Constituição Federal de 1988, cujo objetivo é – dentre outros direitos - assegurar a todo e qualquer cidadão, independentemente de sua natureza, condições de liberdade de escolha de maneira ética. Isso, de certa forma, demonstra que o Estado intenta responsabilizar o homem por suas ações.       Contudo, medida como essa ainda não é o suficiente para a promoção de um contexto social favorável ao desenvolvimento e o combate à fome no país, pois, até agora, percebem-se atitudes irresponsáveis que vão de encontro à dignidade humana, como a falta de instrução adequada para que a maior parcela da nação adentre de forma eficaz no mercado de trabalho, e, por consequência, conquiste seu sustento, além de os programas sociais que hoje são destinados às famílias que vivem às margens da miséria serem insuficientes para sua manutenção – o que contribui ainda mais para a marginalização. Isso está relacionado à ausência de princípios que regem o comportamento humano, resultante do baixo nível educacional oferecido à maior parcela da sociedade brasileira, ainda incapaz de agir e desenvolver-se eticamente em situações cotidianas. A verdade é que a fome não será atenuada, enquanto o sistema educacional não for pautado nos princípios existencialistas. Comprova-se isso pelo pensamento do filósofo francês Jean-Paul Sartre: “O homem é condenado a ser livre, porque depois de atirado neste mundo torna-se responsável por tudo que faz”.       Depreende-se, pelos fatos expostos, que há uma necessidade de maiores investimentos educacionais voltados para a formação do cidadão. Portanto, é plausível que haja - por parte do Estado – não apenas uma ampliação do currículo escolar da Educação Básica a fim de contemplar os componentes curriculares de Ética e Cidadania desde o Ensino Fundamental, como também um foco no ensino profissionalizante eficaz, além da realização de palestras comunitárias que possam abranger conhecimento sobre o exercício de uma cidadania plena, com a finalidade de despertar e promover comportamentos sociais responsáveis benéficos para manter a nação afastada do mapa da fome. Dessa forma, ter-se-á uma nação detentora dos princípios existencialistas.