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Enviada em: 05/09/2018

O mesmo Brasil que sediou eventos gigantescos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas é o mesmo que corre o risco de retornar ao mapa da fome da ONU. Essa constatação é um insulto para o brasileiro que testemunhou o desenvolvimento dos últimos anos, porém ainda passa fome. Esse quadro é fruto da falta de investimento público e da diminuição do poder de compra do brasileiro, causada pela inflação e desemprego.       Nos últimos anos, o Brasil passou por forte crise, compelindo o governo federal a tomar medidas que controlassem as contas públicas, como o teto de gastos, que congela os investimentos públicos. Essa medida vulnerabiliza famílias que dependem de programas do Estado para adquirir alimentos. Um exemplo é o crédito concedido a pequenos agricultores, que em sua maioria produzem alimentos, como carnes, legumes e leite.        Além disso, a inflação e o desemprego, causados pela crise, agravam ainda mais essa situação. Ambos diminuem muito o poder de compra dos cidadãos e possuem um efeito destrutivo para a população de baixa renda, em que a maior parte do seu orçamento vai para a compra de alimentos, dessa forma colocando o indivíduo em situação de extrema insegurança.       Em primeiro lugar, para superar o problema da fome, o governo federal deve retomar imediatamente o investimento na agricultura familiar - dessa forma, aumentando a oferta de alimentos - assim como manter os programas de distribuição de renda e assistência social. Conjuntamente, o Banco Central deve tomar medidas de controle da inflação e de impulso à atividade econômica, gerando empregos e dando condições aos brasileiros de adquirir os alimentos necessários para uma vida digna. Dessa forma, com o problema da fome superado, todos estarão seguros de que o desenvolvimento não acontece somente nas páginas dos jornais, mas também na mesa de jantar.