Materiais:
Enviada em: 30/09/2018

De acordo com a teoria de Thomas Malthus, a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, e, o crescimento populacional em progressão geométrica, causando um déficit. Vários países conseguiram se desenvencilhar desse problema, através de intervenções sociais, mas hoje vivem ameaçados com a volta da fome crônica. Dentre esses está o Brasil, que está fora do mapa da fome desde 2014, mas por díspares fatores, tem chance de voltar. Tal quadro é fruto do emprego de soluções paliativas, como distribuição de cesta básica, em detrimento de medidas preventivas, como a geração de empregos. Ademais, o problema também é influenciado pela prioridade dada à agricultura de exportação, desprezando a de subsistência.    A priori, é preciso inferir que o poder público tem menosprezado as causas da fome, e, tratado apenas das consequências. Como resolução do problema da desnutrição no Brasil, o governo tem, apenas, investido em distribuir cestas básicas, extinguindo a fome a curto prazo, e causando, assim, uma possível volta ao mapa da fome. O desemprego é a origem do problema, e pouco é feito para reverte-lo. Já são mais de 14 milhões de desempregados no Brasil, e se esta estatística for controlada, concomitantemente, a fome sera reduzida gradualmente, pois como explica Lao- Tsé, se deres um peixe para o homem, o alimentará por um dia, mas se ensina-lo a pescar, o nutrirá pela vida toda.   Outrossim, é evidente que o Brasil prioriza as plantações destinadas a exportação, e desconsidera as agriculturas voltadas para o sustento familiar. Enquanto a produção de commodities expande e é cada vez mais mecanizada, a agricultura para importação só decresce e é vista como infrutífera. Esta situação é herança da Revolução Verde, e se perfaz , hoje, na ampliação da fronteira agrícola, que possui viés completamente comercial, exportador, e não para sobrevivência das pessoas.   Portanto, é improtelável que os representantes públicos, se esforcem para manter o Brasil fora do mapa da fome, almejando não exclusivamente remediar, mas também prevenir o problema. O governo deve fazer uma campanha, que vá além da distribuição de cestas básicas, e foque em gerar mais empregos. Isto pode ser realizado através da concessão de benefícios financeiros, proporcionais à quantidade de empregos que a empresa gera por determinado período de tempo. Assim, as pessoas  terão suas necessidades básicas supridas. Além disto, ainda sob égide do Estado, porém, agora em parceria com o Ministério das Ciências Tecnologias Inovações e Comunicações, deve incentivar pesquisas científicas para o desenvolvimento de maquinários com ótimo custo-benefício para o campo. Esta ação facilitará a ascensão dos pequenos agricultores, que poderão buscar na sua produção, um sustento e baratear os produtos para o mercado interno.