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Enviada em: 29/09/2018

A Conferência Rio + 20 abordou os objetivos globais para o desenvolvimento sustentável, um deles trata-se da erradicação da fome até 2030. Porém, apesar da saída do Brasil do Mapa da Fome em 2014, o documentário ''Garapa'' denuncia a persistência dessa realidade. Assim, é necessário uma análise crítica acerca dessa problemática nacional.     Primeiramente, cabe analisar a situação de extrema pobreza vivenciada por muitos brasileiros. Como já havia observado o sociólogo Karl Marx em sua obra ''O Capital'', o modelo produtivo capitalista gera coercitividade e desigualdade ao herdar de modelos passados o pressuposto de um grupo social privilegiado em relação a outro desfavorecido. Desse modo, enquanto houver tal segregação perseverará as péssimas condições nutritivas. Em decorrência disso, programas como o Bolsa Família e Brasil Sem Miséria auxiliam na redução desse cenário.     Outrossim, é válido salientar a injusta distribuição fundiária brasileira. Segundo o IBGE, 46% das terras encontram-se nas mãos de 1% da população. Essa conjuntura possui raízes históricas iniciadas no período colonial com as capitanias hereditárias, e posteriormente, reforçadas com a Lei de Terras tornando terreno sinônimo de mercadoria. Isso ratificou a supremacia dos grandes latifundiários perante os pequenos agricultores que carecem de iguais direitos na prática. Nesse contexto, deve-se garantir a equidade de recursos para os agricultores familiares que garantem a segurança alimentar à uma parcela da sociedade.    Fica claro, portanto, que assim como Nelson Mandela evidenciou a supressão do fardo da fome para a essência da democracia e liberdade, deve-se promover ações que solucionem esse impasse. Para isso, o Ministério do Desenvolvimento Social em conjunto com ONG'S deve gerar emprego e renda nas áreas periféricas por meio de incentivos fiscais a fim de assegurar a alimentação. Ademais o Ministério da Agricultura deve realizar uma reforma agrária que minimize a desigualdade no campo.