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Enviada em: 04/10/2018

Se o pintor expressionista Eduard Munch, ao pintar a obra ¨O grito¨, estivesse relatando a realidade na qual a humanidade está inserida, essa, certamente, estaria refletindo no cenário de fome no Brasil. Nessa perspectiva, urge mencionar a ínfima preocupação do Governo com a vulnerabilidade fomentada pela desnutrição e a falta de comprometimento da população em ajudar os mais necessitados.      De início, o desemprego e a falta de recursos para conseguir obter uma alimentação adequada revelam-se um dos principais motivos para perpetuação da miséria. Dessa forma, a crise econômica que afetou, especialmente a camada mais pobre da sociedade, contribuiu para a falta de acesso a diversos componentes básicos, entre eles, o alimento. Prova disso é que, a cada cinco minutos morre uma criança, a maioria de doenças causadas pela desnutrição, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef). Diante disso, é de extrema importância que o Governo atue de forma que cumpra o prometido em 1996 - ser responsável na função de acabar com a fome-. Espera-se, assim, que o homem possa usufruir do direito que possui, como ter acesso a água e a alimentação em qualidade e quantidade suficiente para uma vida saudável.       Como se isso não bastasse, a acomodação de parcela da sociedade também mostra-se um dos fatores que permitem aumentar o índice de fome. Desse modo, a falta de empatia e solidariedade de muitos indivíduos corrobora para que ainda exista nas ruas pessoas em extrema vulnerabilidade. Visto que, a fome encontra-se, muitas vezes, escondida em áreas periféricas, de modo que quem não pertence a essa realidade, não enxerga. De acordo com o IBGE, são sete milhões de pessoas vulneráveis à fome e à desnutrição no Brasil. Consequentemente, é urgente estabelecer medidas para reduzir esse cenário de miséria.      Portanto, faz-se necessário que o Governo, em parceria com ONG's beneficentes, promova campanhas publicitárias nas principais emissoras e nas redes sociais, que visem divulgar e convencer a população sobre a necessidade de engajamento para superar o fome dos mais carentes. Além disso, é dever do Governo cumprir o prometido em 1996 e atuar com responsabilidade para dirimir com o cenário de fome no país, por meio de projetos que forneçam alimentos nas periferias que encontram-se com mais casos de desnutrição. Também, a sociedade quando possível pode colaborar financeiramente com as ONG-s que dão suporte para a população carente de fome. Dessa forma, usando os gritos em oníssono, poder-se-á, em médio prazo, reverter o problema.