Materiais:
Enviada em: 18/10/2018

O Brasil apresentou expressivo progresso social ao se desvencilhar do "Mapa da Fome" da Organização das Nações Unidas em 2014. Entretanto, quando se observa que ainda persiste parcela populacional em condições inacessíveis a gêneros alimentícios essenciais para a sobrevivência humana, conclui-se que a nação poderá retroceder no avanço atingido. Com isso, urge refutar as causas desse cenário, como a deficiente aplicação legislada em simetria com a interferência econômica, a fim de assegurar pratos nutritivos a todos os brasileiros.     Em primeira instância, destaca-se a questão constitucional e sua execução como causa da problemática. Segundo Aristóteles, a política deve ser utilizada, de modo que, por meio da justiça , o equilíbrio seja atingido na sociedade. Consoante ao filósofo, infere-se que a garantia à alimentação saudável rompe com essa harmonia, haja vista que apesar do acesso a uma nutrição adequada esteja certificada na Constituição Cidadã, cerca de 3% da população permanece em estágio de fome acentuada, como as famílias da cidade de Magalhães de Almeida, no Maranhão. Logo, a intervenção estatal se faz urgencial para reverter o quadro.      Paralelamente a isso, verifica-se que a crise econômica contribui para agravar a fome em regiões carentes. Nesse ínterim, a redução de verbas destinadas à aquisição de alimentos da agricultura familiar, em 99% dos recursos, refletiu drasticamente na piora do plantio de gêneros básicos,como o feijão, pois as plantações subsidiadas pelo o Governo tornam-se desprovidas de investimentos em insumos, o que prejudica a colheita para a subsistência, como o ocorrido no semiárido nordestino, no Assentamento Santo Agostinho. Diante desse patamar, evidencia-se que cortes financeiros fomentam a fome em áreas miseráveis.     Destarte, entende-se que a fome de parte da nação brasileira é fruto da deficiência  da seguridade alimentar legislada somada à falta de recursos. Assim, emerge-se imperativo que as Secretárias do Desenvolvimento Social de cada estado promovama distribuição de cestas básicas , periodicamente, para as famílias cadastradas em situação de extrema pobreza, com o fito de garantir uma alimentação digna. Ademais, competem àsorganizações não governamentais, destinadas para esse fim, o recrutamento de alimentos, por meio de doações, para que sejam repassados aos necessitados locais, com o objetivo de complementar a cobertura governamental em tempos de crise. Desse modo, o país minimizará, gradualmente, a incidência de famintos na sociedade.