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Enviada em: 21/10/2018

Apesar da produção de alimentos do mundo ser suficiente para abastecer toda sua população, a fome ainda é uma das principais mazelas hodiernas. No Brasil, mesmo havendo índices baixos em relação à mácula tratada, no atual cenário de crise econômica, o crescimento dessa taxa volta a preocupar a sociedade, seja pela falha atuação do Estado, seja pelo individualismo das pessoas. Assim, faz-se necessária a discussão acerca da problemática, para evitar que o país volte ao mapa da fome.       Primeiramente, é válido apontar que uma das principais causas do quadro exposto é a ineficiência governamental no que tange ao problema abordado. Atualmente, a Carta Magna brasileira garante o direito a uma vida digna a todos os cidadãos. No entanto, a realidade no território nacional vai de encontro à Constituição. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), cerca de 7 milhões de pessoas ainda passam fome no país. Mesmo sabendo desse fato, o governo, para este ano, propôs uma redução média de mais de 90% dos gastos na área. Esse fato mostra o descaso dos governantes com a conjuntura evidenciada, que, ao invés de cortar os investimentos, deveriam otimizá-los.       Além disso, outro aspecto agravante da situação exposta é a falta de solidariedade dos indivíduos. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua teoria da Modernidade líquida, as relações sociais atuais estão mais fracas e inconsistentes. Sob essa perspectiva, a falta de solidariedade predomina sob a população, que não tem interesse em arrecadar fundos e realizar doações para atenuar o panorama de miséria de muitas famílias brasileiras. Dessa forma, torna-se necessária a promoção de campanhas para atenuar esse quadro, já que as contribuições são imprescindíveis para remediar os casos urgentes.       Portanto, a possibilidade de ascensão do índice de fome, no Brasil, se mostra uma barreira a ser superada. Para isso, o Governo Federal, em conjunto com os municípios, deve identificar os casos de extrema pobreza, por meio do apoio de assistentes sociais, e realizar os investimentos de maneira pontuais, estimulando, assim, métodos de geração de renda, de modo que o indivíduo possa ter autonomia financeira e saia do quadro de miséria. Por fim, é necessário que a mídia, juntamente com as Organizações não governamentais, realize campanhas de angariamento de recursos monetários e alimentícios, mediante propagandas, com o intuito de atenuar a subnutrição das pessoas que necessitam de ajuda imediata, pois, como disse o filósofo Platão, “o importante não é viver, e sim viver bem”.