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Enviada em: 30/10/2018

Epidemia da fome       A obra "Criança Morta", do expressionista Cândido Portinari, representa uma família sertaneja, assolada pela carência, cujo filho encontra-se morto, nos braços do pai, por conta da desnutrição. Embora se trate de uma pintura, são muitos os brasileiros retratados pela tela, apesar de, o Brasil, ter saído do quadro da fome. Com efeito, deve-se caminhar lado a lado Estado e tecnologia, para evitar a volta do país nessa estatística.       Em primeira análise, vale destacar o papel do governo a respeito de ações afirmativas, a fim de combater a miséria. Como citou o filósofo Confúcio, "não são as más ervas que sufocam o grão, é a negligência do cultivador", ou seja, os entraves sociais advêm do descaso estatal. Nesse contexto, a subnutrição no Brasil é fruto de um projeto governamental, que, ao suprimir políticas inclusivas voltadas aos mais necessitados, manutene desigualdades, gerando-se, por conseguinte, um cenário de subalimentação. Sendo assim, precisa-se de eficientes programas estatais dirigidos à camada de extrema pobreza, com o intuito de mitigar a falta de comida.       Outrossim, é fundamental salientar a importância da tecnologia, quando usada de forma equalitária, para contornar as veredas da fome. Convém lembrar, que, na segunda metade do século XX, ocorreu a Revolução Verde, denominação dada à modernização dos campos em países periféricos, objetivando-se o aumento da produtividade, e, por consequência, a oferta de alimentos. Todavia, as "commodities", produzidas pelo agronegócio mecanizado brasileiro, visam o mercado externo, negligenciando-se à parcela da população o direito de alimentar-se. Posto isso, a automatização do setor primário pode ter efeitos muito benéficos, se, usada para conter o avanço do mapa da fome.         Logo, cabe à escola aprimorar suas práticas pedagógicas socioemocionais e empáticas, por meio de aulas teatrais previstas na Base Nacional Comum Curricular, que incentivem os hábitos de não desperdiçar comida, e, fazer doações, constantemente, a ONGs. Essas medidas têm como finalidade minimizar as segregações sociais, e, evitar o retorno do Brasil ao mapa da fome, a partir da comunidade escolas. Dessa forma, a arte de Portinari receberia outro nome e seria colorida por outros tons.