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Enviada em: 31/10/2018

Em um país marcado pela desigualdade socioeconômica da população, não é surpresa que o Brasil enfrente as dificuldades logísticas de manter o povo alimentado com qualidade. No entanto, com um território tão extenso, esses obstáculos são ainda mais ressaltados. Assim, seria a fome consequência de uma má gestão governamental? ou fruto das circunstâncias inerentes ao país?    Desde a criação da ONU, após o final da Segunda Guerra Mundial, a erradicação da fome foi pauta entre as nações. No entanto, cada país enfrenta uma realidade própria nesse quesito, e, no caso do Brasil, é a sua extensão territorial. Tendo em vista as enormes distâncias entre os centros de produção alimentar e seu consumidor, o preço final do produto é aumentado graças ao grande número de intermediários que atuam na distribuição. Com isso em vista, a facilitação do processo do transporte visaria a diminuição do preço alimentar e por consequência sua acessibilidade às camadas mais pobres.    Além disso, famílias que são vítimas dessa inflação acabam por ter que usar grande parte de sua renda com alimentação, deixando de investir no crescimento profissional ou acadêmico de seus membros, gerando uma contradição, já que muitos "trabalham para comer e comem para trabalhar", sem uma ascensão social que propicie a saída desse ciclo. Somado a isso, o alto taxamento resulta na preferência pela compra dos produtos mais simples e baratos, gerando uma nutrição de má qualidade, podendo ocasionar problemas de saúde para o indivíduo.    Portanto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve investir em uma infraestrutura eficiente que garanta o transporte dos gêneros alimentícios de base, garantindo o menor preço possível nesses, e, além disso, criando centros de distribuição para lugares de difícil acesso, onde a fome se deve à escassez de produtos graças as dificuldades geográficas de se chegarem mercadorias. Dessa maneira, o país estará criando a base necessária para a prosperidade de seu povo, em que a fome será parte do passado, e não mais do futuro.