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Enviada em: 31/10/2018

Segurança alimentar é a garantia que um país detém de produzir seu próprio alimento. Embora o Brasil seja uma nação tipicamente agrária, esse tipo de segurança não vem sendo garantida. Por isso, faz-se necessária uma análise sobre o porquê desse problema, bem como seus desdobramentos, a fim de evitar que o Brasil volte ao mapa da fome.   É importante pontuar, primeiramente, a origem dessa dialética, no Brasil. É fato que a população brasileira quase dobrou, entre 1980 até 2018. No entanto, esse rápido crescimento não foi acompanhado por uma política eficaz de redistribuição de terra. Pelo contrário, nota-se, nos últimos anos, a grande expansão do agronegócio voltado para a economia de exportação. Tal processo, faz com que a agricultura familiar- responsável pelo abastecimento do mercado interno- perca seu espaço. Logo, denota-se a concentração fundiária é um dos entraves por trás do problema da fome no Brasil.    Em segunda estância, é válido depreender as implicações desse nó górdio que vem se alastrando no território nacional. Segundo Aristóteles, só se alcança uma sociedade harmônica por meio da justiça. No entanto, essa harmonia é rompida na sociedade brasileira, na medida em que, 3 por cento da população ainda vivem em condição de fome, segundo relatório da FAO. Tal processo suprime a dignidade dessas pessoas que vivem nessa condição, uma vez que, elas não possuem meios de produzir seu próprio alimento. Portanto, não restam dúvidas de que o problema da fome implica na perda da autonomia do homem.    Diante disso, as origens e as consequências da volta do Brasil ao mapa da fome são evidentes. Posto isso, é imprescindível que o Estado, na figura do Ministério da Agricultura, se alie à ONU para solucionar, de vez, esse impasse. Para isso, seria de suma importância o investimento em obras de infraestrutura no campo, como sistemas de irrigação e correção de solo. Tal ação beneficiaria as regiões naturalmente não utilizadas pela agricultura como, por exemplo, o sertão nordestino, visando, assim, garantir o acesso á terra por pequenas famílias e o abastecimento interno de alimentos. Somente assim o Brasil assistirá a uma real segurança alimentar que atenda todos seus cidadãos.