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Enviada em: 09/03/2019

Desde a revolução agrícola, quando grupos de sapiens passaram a cultivar plantas e domesticar animais, as sociedades formadas passaram a ser cada vez mais estratificadas e a enfrentar problemas como a fome. Em pleno século XXI d.c. a fome e a desigualdade social assolam nações. No brasil, que apenas recentemente saiu do Mapa da Fome, elaborado pela FAO, esse problema tem dado sinais de que pode voltar a se agravar, tendo em vista que persistem desigualdades sociais, apesar dos avanços tecnológicos e econômicos no país.      Em primeira análise, nota-se que no Brasil impera uma desigualdade social profunda, com uma enorme discrepância na distribuição de renda. Esse contraste está presente em todo país, principalmente nas capitais, onde é comum visualizar pessoas vivendo em extrema pobreza, vizinhas a condomínios luxuosos em bairros próximos. Além disso, o número de pessoas em situação de rua reforça esse cenário de extrema desigualdade social. Assim, enquanto persistir essa descomunal diferença entre pobres e ricos, será difícil combater problemas socioeconômicos graves como a fome e a miséria na sociedade brasileira.      Não obstante, faltam investimentos mais significativos em áreas estratégicas. Nesse sentido é evidente que o país é capaz de produzir alimentos mais do que suficientes para nutrir, com qualidade e eficiência, toda a população, porém, percebe-se um foco muito grande dos investimentos em monoculturas como a soja em detrimento da agricultura familiar e de cultivos orgânicos. Ademais, nota-se o crescimento assustador de bancadas políticas que atuam defendendo apenas interesses de grandes produtores rurais e de pequenos grupos empresariais. Essa conjuntura político-social limita ainda mais o acesso das pessoas a alimentos de qualidade a preços justos.      Assim, a fome no Brasil voltará a ser um problema estrutural se não for resolvido o problema da distribuição de renda e mais investimentos não forem direcionados aos setores mais carentes. Logo, é preciso que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento crie um programa de Nutrição coletiva, através do financiamento da agricultura familiar e produções médias, criando, também, um cadastro nacional de famílias para terem custos reduzidos com alimentos básicos. Além disso, o Estado deve criar mais programas de distribuição de renda, investindo em programas de qualificação que mudem a situação social dos indivíduos.