Materiais:
Enviada em: 11/04/2018

No processo de formação da sociedade brasileira, sempre se constatou uma infinidade de problemas a serem superados, um deles é a fome. Atualmente, mesmo após a drástica redução de tal entrave, como consta em dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o que se verifica é a persistência e estagnação do número de brasileiros em tal situação, podendo inclusive, aumentar com relação à proporção de pessoas afetadas. Diante disso, considera-se necessário incitar um maior engajamento do Poder Público em consonância com Instituições formadoras de opinião, visando evitar tal problemática no País.     Convém ressaltar, a princípio, que o recente descaso do Governo, com relação às pessoas em situação de vulnerabilidade social, é um fator determinante para a volta da preocupação com a fome no Brasil. Esse cenário é vivenciado como uma consequência da má gestão pública juntamente com a apatia dos governantes em responder as demandas sociais existentes em certa parcela da população, uma vez que tal entrave, acomete um estrato social distante de grande parte dos executores das políticas públicas. Tal conjuntura entra em concordância ao pensamento de A. Schopenhauer de que os limites do campo de visão de uma pessoa, determinam o seu entendimento sobre o mundo que as cerca, já que o problema em questão está, na prática, distante da visão de tais agentes, que não necessitam desse apoio.      Em consequência disso, há a descontinuação de políticas assistencialistas, essenciais para o auxílio de indivíduos que se encontram em tal situação desumana, problemática que juntamente com a recente crise econômica, podem incitar um aumento no número de pessoas nessa situação, além de recolocar o Brasil no Mapa da Fome, elaborado pela Organização das Nações Unidas. Essa conjuntura, de acordo com o filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, uma vez que o Estado não cumpre sua função de garantir que tais cidadãos gozem de direitos imprescindíveis (como a alimentação, previsto na Constituição Federal vigente), o que é evidente.     Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Poder Público dê a atenção devida a tais indivíduos, através da criação de políticas públicas de auxílio as pessoas em situação de vulnerabilidade social, visando à erradicação da fome e da pobreza, como cursos profissionalizantes e incentivos financeiros. Ademais, é imprescindível que Instituições formadoras de opinião, incentivem o engajamento e a conscientização dos cidadãos, por meio de campanhas publicitárias divulgadas nos diversos meios de comunicação existentes, como propagandas em programas televisivos. Desse modo, o Estado brasileiro desempenhará corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.