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Enviada em: 11/04/2018

A alimentação regular é essencial para a estabilidade e crescimento de uma nação, e a sua falta pode levar à queda de uma sociedade. Registros históricos apontam que a fome generalizada no início do século XIV, consequência do grande aumento de pluvial devido ao desmatamento intensivo característico da época., foi um dos fatores proeminentes à crise feudalista da Idade Média. Apesar dos avanços atuais econômicos, sociais e tecnológicos, a escassez de alimentos ainda é uma realidade para diversos países, como a África do Norte. Embora, hoje, o Brasil não esteja no Mapa da Fome, medidas são necessárias para evitar o seu retorno, como o combate à desigualdade de renda e má distribuição territorial do país.        A princípio, é possível perceber que a fome no Brasil é um problema socioeconômico, resultado da disparidade da concentração de renda da nação. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), cerca de 10% da população detém em torno de 40% dos recursos nacionais. E, como consequência, grande parcela dos brasileiros vivem em uma situação econômica precária, sem, muitas vezes, ter como custear sua própria alimentação.       Outrossim, vale ressaltar que boa parcela do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é oriundo do agronegócio. Não obstante, a maioria da produção dos latifúndios é destinada a monocultura de exportação, como a de milho e soja, por exemplo. Resultando, assim,  na baixa quantidade de alimentos disponíveis para o consumo local dos trabalhadores rurais e de suas famílias, e a compra externa dos nutrientes é inviabilizada, já que a principal forma de sustento do proletário do campo, a terra, está sob o controle dos poucos fazendeiros da região.         Torna-se evidente, diante dos argumentos supracitados que a luta contra a fome no Brasil possui entraves que precisam ser revertidos. Logo, cabe ao Ministério da Justiça, concomitantemente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento elaborar leis que redistribuam terras inutilizadas e que tenham potencial agrícola para trabalhadores rurais que se comprometerem a utilizar as terras distribuídas à agricultura de subsistência e à venda interna. Ademais, é necessário que a sociedade civil promova projetos sociais que lutam contra a fome e a desigualdade social, por meio de panfletos, cartazes e redes sociais, como o programa " A pastoral da Criança", que salva crianças da desnutrição, coordenado pela brasileira Zilda Arns, indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Com essas medidas será possível evitar que o Brasil volte ao mapa da fome.