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Enviada em: 15/04/2018

Constitucionalmente, o direito de alimentação, saúde e condições básicas são necessários para todo cidadão brasileiro. Entretanto, no ínterim atual - apesar de ter obtido melhorias no quadro de fome - o Brasil ainda encontra-se instável em relação a tal realidade. Isso aconteceu pois, nos últimos anos, o país foi atingido com uma forte crise econômica e desestabilizou setores como; o primário, o secundário e principalmente o terciário e agregado a isso criou situações de desemprego que atingiram consideravelmente a nação brasileira. Logo, consequentemente, afetou a estabilidade da segurança alimentar no país e criou um risco de voltar ao mapa da fome mundial.       Mormente, por ser uma sociedade capitalista e com políticas governamentais mais centralizadas no sudeste e sul brasileiros a situação de fome agravasse mais em regiões como norte e nordeste. Tendo isso em vista, é notório que a insegurança alimentar está associada a extrema pobreza, por isso, essas regiões são diretamente afetadas e tendem a precisar mais da atenção governamental. Todavia, mediante a crise, isso não vem acontecendo, já que o objetivo dos governadores está sendo a volta do crescimento do parque industrial de capitais do sul e principalmente do sudeste, como por exemplo: São Paulo e Rio de Janeiro. Nesse contexto, a instabilidade alimentar e a pobreza dessas regiões mais carentes começa a ter aumentos e por conseguinte a fome também cresce.        Ademais, consoante a frase de Durkheim de que o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar, o desperdício de alimentos em grandes empresas, restaurantes e até mesmo em lares com melhor estabilidade financeira influência no aumento da fome no país, desde que esses condimentos desperdiçados poderiam ser utilizados no combate de tal impasse brasileiro. Um exemplo positivo sobre essa realidade é o programa "Masterchef Brasil", que doa todos os alimentos que não são utilizados pelos participantes em cada episódio para instituições carentes.       Diante do exposto, é imprescindível que o Ministério da Agricultura concentre atividades como hortas coletivas, nas escolas e em comunidades mais necessitadas do norte e nordeste brasileiros com o objetivo de gerar mais alimentos de qualidade para as famílias locais e diminuir a crise de insegurança alimentar na região. Outrossim, seria a criação de leis que multem o desperdício em grandes empresas, pelo Poder Legislativo do país, com o intuito de diminuir alimentos bons de serem descartados e influenciar a doação desses para comunidades e instituições que necessitem. Dessa forma, o país não só impediria a sua volta ao mapa da fome, mas também garantiria o direito básico previsto em lei para todo cidadão.