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Enviada em: 13/04/2018

Ao longo da história brasileira, diversos foram os períodos em que a população permaneceu sem nenhum tipo de amparo social, no que tange as questões relacionadas a fome. Todavia, é notório que as raízes da fome no país estão localizadas, do ponto de vista histórico, no período colonial, posto que naquele tempo os escravos sob a tutela dos senhores de engenho viviam sem as condições mínimas de dignidade humana. Entretanto, decorrido vários séculos do colonialismo o que se verifica atualmente no Brasil é uma não integral superação da fome, fato que pode ser justificado pelas más administrações federais dos últimos anos.    Nesses termos, torna-se necessário a realização de uma análise das medidas políticas tomadas no Brasil, principalmente no que se refere aos modus operandi dos governantes e os efeitos causados pelas execuções de seus planos de atuação. Assim sendo, no Brasil, apenas a partir do fim do século XX, com o governo de Fernando Henrique Cardoso, que o Estado passou a se preocupar efetivamente com a fome, no entanto, somente no começo do século XXI, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que medidas e programas de combate direta contra a fome surtiram efeitos. Nesse cenário, o Programa Fome Zero e o seu sucessor Bolsa Família, aliados juntamente com outras diversas políticas de distribuição de renda foram o estopim da queda dos índices da fome no Brasil. Contudo, tais medidas acabaram tendo como consequência posterior um quadro de esgotamento orçamentário nacional.   Supracitados alguns dos elementos integrantes das discussões sobre a fome no Brasil, vale ainda mencionar os hodiernos cortes econômicos que os atuais governos estão fazendo em programas de amparo aos cidadãos.Atualmente, o governo tem como projeto orçamentário federal medidas que visam o corte de mais de 90 por cento das verbas que seriam direcionadas aos programas sociais, como o programa de cisternas no nordeste brasileiro. Medidas como essa fazem com que os índices de crescimento da fome aumentem rapidamente, acometendo, por conseguinte, o retorno do Brasil ao grupo de países que contém mais de 5 por cento da sua população em estado nutricional inadequado.    Dessa forma, é indubitável a necessidade da ampliação das discussões acerca da fome no Brasil, no objetivo de tentar buscar melhores e sólidas soluções para o problema. Portanto, o ponto nevrálgico a ser visto pelo governo federal é a criação juntamente com os melhores intelectuais e economistas do país de núcleos de planejamento econômico de âmbito federal, com o intuito de desenvolverem soluções viáveis e duradouras no combate a fome. Ademais, o poder Legislativo deveria propor emendas à Constituição que estabeleçam um valor mínimo de investimentos nos programas sociais, pois isso garantiria ao público um rígido sistema de apoio humano e ainda anularia os cortes de verbas.