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Enviada em: 14/04/2018

Desde a colonização, na qual formou-se uma estrutura econômica que concentra riquezas nas mãos de poucos, a má distribuição de comida tornou-se uma realidade brasileira. Em 2014, o Brasil finalmente conseguiu sair do mapa da fome. No entanto, hodiernamente, diante à possibilidade do país regressar a esse mapa, o assunto voltou a ganhar destaque no cenário brasileiro.  São vários os fatores que possibilitam esse retorno. Dentre eles, pode-se destacar a crise econômica, que gera desempregos e, consequentemente, uma crise no orçamento familiar, como também o corte de investimentos em programas sociais, que agrava a situação de pobreza ainda existente no Brasil.   É indubitável, de fato, que a estrutura econômica formada durante a colonização ocasionou uma desigualdade social e econômica no país. Essa desigualdade, em uma situação de crise, como é o caso do Brasil, torna-se mais prejudicial às classes economicamente inferiores devido a muitas empresas realizarem cortes de gastos, demitindo grande parte dos funcionários. Em decorrência disso, muitas famílias ficam desempregadas e começam a fazer cortes no próprio orçamento familiar, faltando muitas vezes dinheiro suficiente para a alimentação, já que o baixo salário não permite que essas famílias tenham uma reserva de dinheiro para uma situação de crise.     Ademais, deve-se salientar a importância dos programas sociais nessa conjuntura. Em um contexto de crise, no qual o Governo se vê na obrigação de economizar, não deve ser visto como uma prioridade o corte de gastos nesses programas. Em uma circunstância de aumento na taxa de desemprego, a população deve ter o apoio do Estado para evitar o problema de subnutrição. Os programas sociais, como o Bolsa Família, por exemplo, devem ser aprimorados, e não exterminados, pois eles são fundamentais para que não se agrave a situação de pobreza no país, já que oferecem a oportunidade à muitas famílias de evitarem a fome.   Diante do exposto, cabe ao Ministério da Fazenda traçar estratégias que melhorem a economia, diminuindo a inflação, a taxa de desemprego e evitando um retorno ao mapa da fome. Outrossim, o Ministério do Desenvolvimento Social deve aprimorar os programas sociais, fiscalizando as inscrições da população para que não ocorram fraudes e acompanhando as condições de extrema pobreza. A população também pode contribuir formando associações em suas cidades que recolham alimentos doados e posteriormente sejam distribuídos em cestas básicas para famílias que estejam passando fome. Assim sendo,  é possível evitar que a subnutrição volte a ser um problema de notoriedade no país.