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Enviada em: 15/04/2018

A partir do século XVIII, surge na Europa um movimento intelectual, o Iluminismo, baseado nos ideais de igualdade e liberdade. No entanto, quando se observa a fome no Brasil, percebe-se que esse ideal iluminista não é posto em prática, tornando-se uma questão a ser discutida em todas as instâncias da sociedade.  Nesse sentido, cabe ressaltar as consequências que dificultam a resolução dessa problemática, o que configura um grave problema social.           Em pleno século XXI, com todas as conquistas e as industrializações no Brasil, muitas são as famílias que ainda passam fome, tendo em vista a mão-de-obra desqualificada e a falta de empregos. De acordo com os princípios do filósofo suíço Rousseau, configura-se uma ruptura do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de manter a ordem, promover o bem-estar e o progresso do corpo social, desvirtuando a concretude da igualdade e justiça entre os membros da sociedade, propiciando assim, uma situação ainda maior  de exclusão e desrespeito.           O filósofo italiano Norberto Bobbio que discorre acerca da teoria dos direitos humanos, afirma a dignidade como qualidade intrínseca, irrenunciável e inalienável da  pessoa humana, devendo ser respeitada e que não pode ter sua vida, corpo e saúde prejudicados. À vista de tal preceito, é perceptível que o poder público não cumpre o seu papel de garantir o acesso universal à todos os direitos democráticos, configurando-se uma chaga social que demanda imediata resolução, pois fere a livre expressão individual.           Infere-se, portanto, para que os ideais de igualdade e liberdade não sejam apenas uma aspiração teórica, mas uma medida prática, cabe ao governo promover por meio de políticas públicas eficazes, intermédio de projetos e campanhas educativas,      a fim de que essa parcela tenha sua dignidade humana preservada, um acompanhamento mais preciso e a garantia da eficiência dos princípios constitucionais, podendo assim, conceber a esse tecido social a ruptura de certos tabus para que não vivam a realidade das sombras, como na alegoria da caverna do filósofo Platão.