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Enviada em: 24/10/2017

Segundo o filósofo austríaco Zweig, o Brasil é o país do futuro. Entretanto, quando se observa o suicídio, percebe-se que a profecia não saiu da teoria. Diante disso, tornam-se passíveis de discussão os desafios enfrentados, hoje, no que se refere à questão dos caminhos para prevenir o suicídio, principalmente em relação aos fatores sociais e à depressão, os quais impedem o pleno exercício da cidadania.   Nesse sentido, Durkheim afirmava em sua obra "O Suicídio" que tal ato era derivado de fatores sociais. Portanto, não se trata de fatores isolados e individuais, como muitos acreditam, mas de relações e atividades em coletividade, as quais, de acordo com o filósofo, resultariam na consumação do autocídio, como, por exemplo, o Jogo da Baleia Azul, o qual ficou mundialmente conhecido por fazer apologia ao autoextermínio e ao masoquismo, caracterizado pela busca do prazer através da dor, alcançando, principalmente, o público jovem. Paralelamente, o bullying também tem agravado esses casos, já que apregoa a humilhação e a violência, ocasionando o bullycídio. Portanto, é notório que a não empatia da sociedade para com as vítimas contribui para a perpetuação dessa prática.   Além disso, a atividade em questão é ocasionada, na maioria dos casos, pela depressão, que caracteriza-se pela falta de esperança para com a vida. Nesse contexto, um indivíduo depressivo procura meios para sanar sua tristeza exacerbada, encontrando o suicídio como ''saída''. Diante dessa problemática, o Governo Federal aprovou um projeto que visa oferecer a prestação de serviços de Psicologia na rede de ensino público. Contudo, tal projeto não vem sendo cumprido, já que ainda existem muitas escolas que não possuem um psicólogo em suas instalações. Portanto, é perceptível que tal fato ocasiona uma perda em melhores relações entre alunos e professores, além de omitir o "caminho para a ajuda" que muitos precisam, mesmo que seja um caso de saúde pública.   Em suma, os caminhos para prevenir o suicídio no país são ineficientes ou subutilizados. Logo, o Ministério da Saúde deve ampliar, essencialmente, seu alcance na população através do Centro de Valorização da Vida (141), por exemplo, pois oferece um bom diálogo, até mesmo, por telefone, contribuindo para com a amenização da angústia que assola a sociedade de uma maneira simples e eficaz. Desse modo, também é fundamental que a população organize passeatas que pressionem o Ministério da Educação, visando garantir o acesso da população ao psicologo em meios escolares, seja estudante, seja familiares, colaborando para com a diminuição do número de casos de suicídio na sociedade em geral.