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Enviada em: 25/10/2017

Fugacidade das relações       De acordo com a Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH) — promulgada em 1948 pela ONU — todos possuem o direito à saúde e ao bem-estar. Todavia, sabe-se que os casos de suicídios, principalmente entre jovens, elevou-se no Brasil. Sendo, preponderante analisar as relações sociais e as condições de saúde que permeiam a vida do jovem brasileiro a fim de combater essa problemática.        Em uma primeira inferência, o ato do indivíduo atentar contra a própria vida não e novidade para as sociedades humanas, porém o alarmante crescimento desses atos, registrado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nas últimas décadas, está estreitamente ligado às construções sociais. Nesse sentido, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em sua obra "Modernidade Líquida", analisa a superficialização das relações sociais em vista da instantaneidade das evoluções tecnológicas. Sendo a liquidez das relações e a cobrança social exclusiva uma das causas para a constância dos casos de suicídios a ser combatida.       Consoante ao exposto, o aumento de transtornos mentais em decorrência da fugacidade, analisada por Bauman, atua como potencializador da problemática. Isto é, o aumento da incidência de doenças neuropsicológicas se configuram, segundo a OMS, como principal desvio que acarreta na taxa de um suicídio ou tentativa a cada 40 segundos. Dessa forma, faz-se necessário esclarecer o quão importante é a saúde mental e a prevenção em meio a fugacidade das relações em prol da mitigação do autocídio entre os jovens no Brasil.    Urge, portanto, que o Ministério da Saúde, em conjunto com a sociedade civil organizada e o Ministério da Educação, apoie a inserção social dos indivíduos, mediante ao oferecimento, em teatros e universidades, de palestras motivacionais e de esclarecimento, a partir do incentivo a coparticipação em debates e na criação de grupos de trabalho voluntário, a fim de assegurar o estabelecimento de sentido social as pessoas que necessitam. Além de promover, junto ao proposto, campanhas publicitárias sobre a importância da saúde mental, veiculadas massivamente, com o fito de fomentar a população a buscar tratamentos e explanação relativa a transtornos mentais. E, assim, garantir o pleno cumprimento da DUDH.