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Enviada em: 23/10/2017

Segundo o Mapa da Violência, em 12 anos, a taxa de suicídios teve um aumento de 10% na população jovem brasileira, de 15 a 29 anos. Esse aumento também ocorre em nível mundial, tornando o suicídio o segundo maior responsável por mortes nessa idade. Nesse sentido, torna-se necessário a busca para prevenções dessa morte silenciosa que ainda é pouco abordada e com muitos estigmas.             Antes de tudo, cabe destacar que o maior número de mortes está entre o gênero masculino, cerca de três vezes maior entre os homens do que entre mulheres. De acordo com Associação Brasileira de Psicologia, papeis masculinos tendem a estar associados a maiores níveis de força, independência e comportamentos de risco. Esse pensamento faz com que os homens não recorram à ajuda em momentos de sofrimento, consequentemente, tornam-se vulneráveis e mais propensos ao suicídio, tornando essencial a quebra dessa imagem para uma maior prevenção.             O problema, porém, não se resume ao crescente número dessas mortes, mas também à falta de investimentos pelo Governo no combate dessa problemática. Atualmente, apenas o Centro de Valorização à Vida, instituição filantrópica e sem vínculo com o Estado, desenvolve um apoio emocional e de prevenção às pessoas que precisam, mas o atendimento gratuito por telefone se restringe ao Rio Grande do Sul, faltando a ampliação desse importante  atendimento a todo território nacional.             Fica evidente, portanto, que a mudança da imagem de homem forte e uma maior ampliação na rede de ajuda às pessoas são necessárias para uma maior prevenção dessa problemática. Para que isso ocorra, as escolas em conjunto com a Associação de Psicologia devem promover debates aos alunos e à comunidade sobre a importância de buscar ajuda e quebrar o estigma existente acerca do suicídio, e o Ministério da Saúde deve criar uma rede de ajuda semelhante ao CVV, mas integrada a rede básica de saúde e presente em todo o território nacional, para que se tenha uma maior abrangência e maior efetividade no apoio emocional.