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Enviada em: 23/10/2017

No livro "O suicídio" de Émile Durkheim, o sociólogo, após amplos estudos, chegou à conclusão que tal ato é um fato social e não individual. Nesse sentido, o contexto vivenciado pelos indivíduos na modernidade tem moldado suas maneiras de agir e pensar. A consolidação do capitalismo trouxe uma mudança socioeconômica na vida do homem hodierno, como o estresse, escassez temporária, padrões sociais que estão ligados intrinsecamente ao aumento de psicopatologias.    De acordo com pesquisa apresentada pela BBC Brasil, nos anos entre 1980 e 2014, o aumento da depressão cresceu em 27,5% nos jovens com faixa etária de 15 a 19 anos. Embora problemas mentais sejam cientificamente diagnosticados como doenças graves, o tabu e o descaso que as cercam continuam presentes, visto que, termos como "faculdade da depressão" e "depressão é frescura" são comumente usados e banalizam a mesma.   Ademais, o agravamento de tais doenças caminham para o suicídio quando o indivíduo se encontra em graves crises, não procura ajuda medicinal e não encontra perspectivas de melhora. Uma tática usada no Reino Unido, durante a década de 70, foi a substituição do gás de carvão por gás mineral, que impediu a asfixia com o forno e diminuiu o índice de práticas suicidas no país. Fica visível, portanto, a necessidade de regulamentação ao acesso a meios letais.     Ante ao exposto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Por conseguinte, cabe ao Governo Federal, por meio da arrecadação de impostos no país, aumentar a disponibilidade de psicólogos e psiquiatras na rede de saúde pública e implantar a doação de antidepressivos em farmácias populares, para que assim o tratamento seja priorizado e o paciente adquira um amparo maior. Cabe também ao Ministério da Educação em conjunto com a mídia lançar debates nas escolas e campanhas socioeducativas, a fim de quebrar o tabu e diminuir a negligência vivenciada perante à problemática.