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Enviada em: 23/10/2017

A Igreja Católica, durante a Idade Média, principalmente, encarregou-se de controlar a vida social e pessoal da população. Voltados à contenção dos suicídios para os descontentes com as mazelas da época, negavam que esses teriam a permissão para adentrarem ao céu. Entretanto, o resultado disso foi a criação de um tabu que perdura até os dias de hoje: a menção fará com que o interesse na prática do ato aumente. Portanto, dentre tantas motivações para que seja necessária a prevenção do suicídio entre os jovens no Brasil, a ineficácia na abordagem do tema e a fragilidade mental desse grupo devido às mudanças a que foi submetido como o aumento de metas desde criança.      Em primeiro plano, a Organização Mundial da Saúde (OMS), formatou uma cartilha com as maneiras corretas de abordar o tema, sem fomentar o crescimento dos casos, entretanto, o número segue aumentando. Esse fato se dá pois, diferentemente desse informativo, "O Sofrimento do Jovem Werther", livro de Goethe (século XVIII), a série "Os 13 Porquês" (2017) e a música de Renato Russo, "Vento no Litoral" (década de 1990), possuíam um fator em comum: atingir os jovens de forma identificadora e intimista, não por acaso, elevando as taxas de suicídio em suas épocas. Além de ser um tema doloroso, dificilmente parte dos adolescentes o interesse em buscar maneiras para se evitar o suicídio, enquanto, com a divulgação que ocorre com os projetos capitalizados, o acesso é facilitado, ainda que especialistas afirmem que essa metodologia é negativa, pois leva o conteúdo sem instrução de auxílio para reversão do que está levando o espectador a se interessar pela prática.       Além da abordagem, deve-se atentar aos problemas que estão sobrecarregando esses jovens. Aulas de inglês, natação, pré-vestibular, cursos, escola, trabalho ou qualquer outra cobrança física e mental que desgaste excessivamente é preocupante, pois a atividade cerebral deve ser equilibrada e os momentos de diminui-la também fazem parte desse cuidado, como alerta o professor de educação física e escritor do livro "A Semente da Vitória", Nuno Cobra. Em contrapartida, caso não se respeite essa necessidade humana, o corpo responde com doenças físicas como problemas ósseos, musculares ou nos órgãos, ou mentais, como a depressão, bipolaridade, esgotamento, com as quais, muitas vezes, o indivíduo perde a noção de sentido de sua vida.       Para, então, mitigar o problema, medidas são necessárias. Ao Governo Federal em união com parceiros da OMS, cabe promover a distribuição da cartilha nas escolas, com material didático e de fácil compreensão, como utilização de teatro de fantoches para os mais novos ou debates com especialistas aos mais velhos. Além disso, é papel da mídia, como as telenovelas, abordarem a temática dentro dos padrões aconselhados, levando o conteúdo de forma correta e alertando aos pais para sinais de alerta.